Garimpo ilegal é identificado a 15km de comunidade Yanomami
DPU alerta sobre o alto índice de contaminação mercurial entre os Yanomami
O governo federal informou neste domingo (12/2) que mais um garimpo ilegal foi identificado em área próxima ao território dos povos indígenas Yanomami. Esta descoberta ocorreu graças a uma ação coordenada entre Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Força Nacional e Polícia Federal.
Durante esta operação, nomeada de Libertação, foi dado início às ações que visam erradicar garimpos ilegais em terras Yanomamis. Desta vez, por meio de um sobrevoou na região, os agentes conseguiram localizar outro garimpo ilegal a menos de 15 quilômetros de distância de uma comunidade indígena.
Caso Yanomami
Em relatório publicado no dia 6 de fevereiro, a Defensoria Pública da União (DPU) alerta para situação crítica enfrentada pelos indígenas Yanomami. O órgão declarou que os Yanomami são um dos povos mais afetados por contaminação de mercúrio em razão da presença de garimpos ilegais próximos das comunidades. Além disso, de acordo com as informações levantadas há mais de 50 mil garimpeiros na terra indígena.
O relatório feito pela DPU ainda pontua que: “Não há atualmente qualquer protocolo funcional junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), específico para notificação de casos de intoxicação por mercúrio derivados de garimpos ilegais de ouro na Amazônia, acarretando subnotificação dos casos e em consequência, ausência de protocolos para identificação e tratamento dos afetados. Além disso, o estímulo político dos últimos anos e a ausência de fiscalização efetiva, contribuíram para o aumento da ilegalidade e avanço do garimpo sobre novas áreas”.