Professor Arquidones Bites, detido em 2021 por estampar faixa “Bolsonaro Genocida”, está internado em estado irreversível

Arquidones ganhou as manchetes da imprensa goiana em maio de 2021, quando foi preso por estampar uma faixa do capô do carro com a mensagem "Fora Bolsonaro Genocida".

Postado em: 29-03-2023 às 09h51
Por: Ícaro Gonçalves
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Arquidones ganhou as manchetes da imprensa goiana em maio de 2021, quando foi preso por estampar uma faixa do capô do carro com a mensagem "Fora Bolsonaro Genocida" | Imagens: Reprodução

O professor e secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Goiás, Arquidones Bites, de 61 anos, está internado no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) após sofrer um um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na tarde de terça-feira (28).

Arquidones ganhou destaque na imprensa goiana em maio de 2021, quando foi detido por policiais militares por estampar uma faixa do capô do carro com a mensagem “Fora Bolsonaro Genocida”.

Ao O Hoje, o presidente do diretório municipal do PT em Trindade e sobrinho do professor, Arquivaldo Bites Filho, informou que o tio foi inicialmente levado ao Hetrin, onde os médicos constataram um “grande derramamento de sangue” no cérebro.

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Devido ao quadro grave, o professor foi encaminhado ao Hugol, onde foi identificado o quadro cerebral irreversível, retornando-o ao hospital de Trindade.

Professor de história do ensino médio, o educador Arquidones Bites Leão Leite milita pelas causas sociais desde a juventude. Segundo Arquivaldo, o tio já sofreu de problemas de saúde anteriores, como um início de AVC.

Relembre

Em maio de 2021, Arquidones foi detido pela Polícia Militar de Goiás por se recusar a retirar uma faixa do capô do carro com a mensagem “Fora Bolsonaro Genocida”. Ele participava de um protesto pacífico junto a outros militantes no momento da abordagem.

Os PMs levaram o professor à delegacia em Trindade, onde o delegado não lavrou ocorrência. Em seguida, seguiram para a PF, na capital, onde ele também foi liberado. Na ocasião, Arquidones afirmou que “quase foi enforcado” e levou “empurrão e soco”. “Mas continuamos na luta”, finalizou.

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

Após o depoimento prestado na sede da Polícia Federal em Goiânia, o professor foi liberado. Nas imagens do momento da prisão, o policial diz que Arquidones havia sido enquadrado na Lei de Segurança Nacional por calúnia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atualmente a lei não está mais em vigor.

Vídeo: Reprodução/Arquivo pessoal

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