Ataque na Terra Yanomami: Um indígena é morto e dois são feridos
Um Yanomami morreu após ser levar um tiro durante ataque a uma das comunidades da Terra Indígena Yanomami, neste sábado (29).
Por: Julia Kuramoto
Um Yanomami morreu após ser levar um tiro durante ataque a uma das comunidades da Terra Indígena Yanomami, neste sábado (29). Além disso, outros dois indígenas baleados tiveram que ser transportados imediatamente para a capital. Desse modo, os dois estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR).
De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Júnior Hekurari, o ataque à comunidade Uxiú deu-se por garimpeiros, durante a tarde. Ademais, o indígena baleado, que não resistiu os ferimentos, trabalhava como agente de saúde na comunidade.
A diretora do Hospital Geral de Roraima, Patricia Renovato, confirmou que após recebidos os primeiros-socorros no Centro de Referência de Saúde Indígena, no próprio território Yanomami, os dois indígenas feridos deram entrada no HGR, na manhã de domingo (30). Dessa forma, ambos estão internados no pronto-socorro, e seus quadros clínicos considerados estáveis.
Júnior, que preside a Urihi Associação Yanomami, utilizou das redes sociais para fazer denúncia do ataque criminoso, e que pretende comunicar outras informações às autoridades públicas responsáveis por proteger os indígenas e seus territórios.
Comitiva
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara anunciou recentemente, nas redes sociais, que já pediu ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que determine à Polícia Federal que investigue o caso. Segunda a ministra, uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima “para reforçar ainda mais as ações de desintrusão [retirada] dos criminosos [da reserva indígena]”.
Sônia destaca também que embora tenha se agravado nos últimos anos, a invasão criminosa da Terra Yanomami é um problema histórico.
“A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços [que estão]sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território.”, escreveu.
