Campus Party: Projeto usa tecnologia para preservar tradições dos povos indígenas
“Estou aqui nesse espaço na Campus Party, justamente, para incentivar as pessoas a pensarem e criarem projetos voltados aos povos indígenas.”, disse o palestrante
Por: Rodrigo Melo
Bruno Kambeba Anaquiri foi um dos palestrantes na Campus Party Goiás 2023, e mostrou, nesta quinta-feira (8/6), como a tecnologia pode ser usada para preservar e compartilhar conhecimentos tradicionais dos povos indígenas.
O projeto utiliza dos meios já existentes para propagar a cultura do seu povo, como grupos de Whatsapp, perfil no Instagram e TikTok além de um podcast.
“Estou aqui nesse espaço na Campus Party, justamente, para incentivar as pessoas a pensarem e criarem projetos voltados aos povos indígenas.”, disse o palestrante.
Os grupos de Whatsapp servem para que seja preservado as línguas indígenas que sofreram algum tipo de aculturação, ou que foi perdida ao longo do tempo, como exemplo da etnia Kambeba. Dessa forma, nestes grupos, a língua continua sendo falada e compartilhada como troca de conhecimentos entre os indígenas.
Os perfis do TikTok e Instagram mostram o trabalho que é feito nas comunidades, com o foco também de denunciar as ameaças e confrontos contra os povos indígenas. “O TikTok é uma ferramenta muito poderosa para nos fortalecer e proteger”, afirma Bruno Kambeba
O movimento Mídia Índia (renomeado para Mídia Indígena), foi adotado no Facebook e Instagram como meio de interagir com outros povos e compartilhar os projetos que ocorrem em escolas e as cerimonias tradicionais.
Bruno Kambeba é originário do interior da Amazonia, conhecido como Baixo Solimões. Desde 2000, ele e sua família se mudara para Goiânia em busca de acesso à educação e políticas públicas.
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