Estudo aponta crescimento nas vendas do varejo nacional no 1º semestre de 2023

Em junho de 2023 o fluxo de visitas cresceu 3% nas lojas físicas. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 11%, enquanto os de shopping tiveram resultado mais tímido, com alta de 2%

Postado em: 31-07-2023 às 10h15
Por: Ícaro Gonçalves
Imagem Ilustrando a Notícia: Estudo aponta crescimento nas vendas do varejo nacional no 1º semestre de 2023
Em junho de 2023 o fluxo de visitas cresceu 3% nas lojas físicas. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 11%, enquanto os de shopping tiveram resultado mais tímido, com alta de 2% | Foto: Reprodução

Um levantamento apresentado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostrou que as vendas e o fluxo de visitas a shopping centers e lojas físicas do Brasil aumentou no primeiro semestre de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Em junho de 2023 o fluxo de visitas cresceu 3% nas lojas físicas. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 11%, enquanto os de shopping tiveram resultado mais tímido, com alta de 2%. Na margem, o descolamento no fluxo de visitação entre os tipos de loja se mantém, assim como também visto no relatório do mês passado, explicando a diferença no crescimento anual.

O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento. A alta no fluxo de visitação em junho de 2023 em lojas físicas (3%), contra mesmo mês de 2022, foi heterogênea entre as regiões. Enquanto Norte (-4%) e Nordeste (-0,5%) observaram queda, as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Centro-Oeste (10%), seguido por Sudeste (4%); enquanto a região Sul aproximou-se da estabilidade (0,1%).

Continua após a publicidade

Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta (9%) para o Brasil foi generalizado territorialmente. O destaque positivo foi o Nordeste (13%), seguido pelo Sul (8%) e Norte (8%). Sobre o faturamento nominal, a maior alta também foi no Nordeste (20%), seguido pelo Sul (16%).

Leia também: Setor de atacarejos cresce 21,4% no Centro-Oeste enquanto o varejo cai

Setores

O fluxo de visitação contou com queda em 1 dos 5 setores com dados para este mês. O destaque negativo foi o setor “Livros, jornais, revistas e papelaria”, com queda de 30%. A maior alta foi “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com crescimento de 26%. O destaque negativo para volume de vendas fica para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico” (-5%).

Já o destaque positivo foi o setor de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com alta de 15%. No faturamento nominal, os setores de destaque, tanto positiva quanto negativamente, repetem-se, com alta de 23% para “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, e queda de 3% para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”.

“Houve uma melhora no cenário de consumo das famílias, com destaque para a renda, que se beneficiou do dinamismo do mercado de trabalho, da recomposição do salário mínimo e da ampliação do Bolsa Família. Outro vetor importante deste comportamento é a dinâmica benigna que se instalou no mercado de alimentos devido ao arrefecimento da inflação desta categoria. Mas, se por um lado os consumidores se beneficiam de um choque de oferta que acarretou a queda dos preços de alimentos e outros insumos no atacado, por outro, um cenário de crédito mais restrito, além de um alto grau de endividamento familiar, desestimulam o crescimento da demanda por bens duráveis, o que pode ser um sinal de alerta.” afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC.

Veja Também