Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Ministro da Defesa visita Formosa e Cenipa investiga queda de aeronave

A área da ocorrência foi isolada e militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos recolheram “caixa preta”

Postado em: 10-08-2023 às 08h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Ministro da Defesa visita Formosa e Cenipa investiga queda de aeronave
Ministro da Defesa José Múcio se surpreendeu diante dos destroços da aeronave | Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Carol Arantes 

Os corpos dos dois militares que morreram na queda de uma aeronave da Marinha na tarde desta terça-feira (8), em Formosa, a 240 km de Goiânia, foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) e, até o início da noite, não havia informação de velório dos sargentos Renan Guedes Moura e Luís Fernando Tavares Augusto.

 O acidente que causou a morte dos militares continua causando comoção entre familiares, amigos e pessoas que já trabalharam com as vítimas na Marinha, Renan, que era da Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador (RJ), e Luís Fernando, do Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais. Eles eram do Rio de Janeiro. 

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 Além deles, doze tripulantes estavam no momento, conforme informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros de Goiás. Em publicação no Instagram, a Marinha do Brasil prestou nota de pesar sobre o ocorrido em que afirmava que, “entristecida, lamenta o falecimento de dois militares”. 

Ainda na nota, a instituição disse que, “nesse momento de luto para a Família Naval, nos solidarizamos com os familiares e amigos desses bravos militares que escolheram a Marinha para servirem à Pátria.”

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Militares que conheciam as vítimas aproveitaram para se despedir, homenageando-os. “Tive a honra de servir com o Sargento Luiz. Ele era um militar dedicado, honrado, excelente pai, esposo e filho. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos”, comentou um. 

Outro militar também aproveitou para deixar um recado. “Eu conheci o Guedes e tenho muito orgulho de ter servido com ele. Sua família de sangue e a família naval chora sua perda. ” 

A tragédia ocorreu durante exercícios de treinamento em uma tradicional área militar da região. O Tenente Coronel Bráulio do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO) informou por meio de vídeo que a equipe foi acionada por volta das 13 horas sobre o episódio. 

Na manhã desta quarta-feira (9) o Ministro da Defesa, José Múcio foi à Formosa para acompanhar as investigações. Além dele, compareceu o comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen. 

O ministro lembrou a repórteres que acompanhavam a agenda que os exercícios militares ocorrem desde 1988 sem intercorrências e que a causa e a apuração final do acidente deve ser concluída em seis meses. 

Impressionado com o que a tragédia provocou, o ministro disse: “Se você vir os destroços como nós vimos, você não acredita que tenha saído gente viva dali. Uma coisa impressionante, um amontoado de ferro e plástico.”

Múcio, ainda, disse que foi ao local “verificar e conversar com a tropa” e, além de lembrar às 14 pessoas que estavam no helicóptero, prosseguiu: “infelizmente duas perderam a vida. A Marinha de pronto deu toda a assistência às famílias, psicológica. Os acidentados foram levados para os hospitais de Brasília e Formosa. As famílias tiveram assistência psicológica e religiosa”. 

Segundo a Marinha, a área da ocorrência foi isolada e militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa) recolheram equipamentos que irão auxiliar na investigação, inclusive a “caixa preta”. Além do Cenipa, as causas do acidente são acompanhadas pela Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico, responsável pela investigação do caso.” 

A primeira aeronave do modelo envolvido no acidente, UH-15 Super Cougar, foi entregue no dia 11 de abril de 2011, na Base Naval do Rio de Janeiro, servindo ao serviço Operacional da Marinha do Brasil e vem desempenhando desde então, conforme informações da Marinha do Brasil. Além disso, a aeronave tem sido usada, desde que chegou ao Brasil, para o auxílio ao trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o transporte de urnas eletrônicas, sobretudo naqueles lugares inacessíveis pelo País.

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