Acusada de matar Ariane Bárbara confessa crime e pede perdão à mãe da vítima

Raíssa Nunes, acusada de matar a jovem Ariane Bárbara em agosto de 2021, confessou o crime e pediu perdão à mãe da vítima. Além de Raíssa, Jeferson Cavalcante é julgado em júri popular nesta terça-feira (29/8), em Goiânia.

“Não iria dormir se não falasse a verdade”, disse Raíssa. “Tantas vezes que já pedi a Deus pra trazer a Ariane de volta”, afirmou.

A jovem começou a ser interrogada após a finalização dos depoimentos de testemunhas. A defesa da acusada afirmou ao juíz que a ré permaneceria em silêncio, mas ela disse que queria falar e foi interrogada.

Raíssa narrou o crime durante o interrogatório. Segundo ela, no dia do ocorrido, ela e a menor estavam sentadas no carro ao lado da vítima, Jeferson estava dirigindo e Enzo Jacomini Carneiro Matos, que usa o nome social de ‘Freya’, condenado a 15 anos de prisão, estava no banco da frente. De acordo com ela, quando tocou a música que elas escolheram como o “momento para o crime”, começou a enforcar Ariane.

“Ela começou a perguntar o que eu tava fazendo e a [menor] perguntou o que eu tava fazendo. Eu pensei que não tava agradando ela. Aí eu fui pro banco da frente. A Freya passou para o banco de trás e começou a enfocar a Ariane”, contou.

Em seguida, a menor teria chamado Raíssa para o banco de trás e a mandado esfaquear Ariane. “Fui eu quem dei a primeira facada, que foi no peito, ela tava ainda acordava”, completou.

Após isso, Ariane teria sido jogada no porta-malas do carro ainda em movimento, porque a “tampa” já havia sido retirada. O celular da vítima foi destruído pela menor e jogado pela janela.

“A [menor] falou: Jeferson, Freya, eu tô muito orgulhosa de vocês, mas Raissa, eu tô decepcionada com você porque você não matou ela”, relatou Raissa.

Após o crime, os acusados teriam saído para lanchar em um shopping.

O crime

O crime ocorreu na noite do dia 24 de agosto de 2021. De acordo com a denúncia, Ariane foi assassinada mediante violência física e golpes de faca. A vítima foi encontrada morta sete dias depois, em uma mata no Setor Jaó. Conforme apurado, a motivação do crime foi quando uma das envolvidas, Raíssa Nunes Borges, quis testar com o ato se era ou não psicopata.

Ainda segundo a denúncia, os envolvidos chamaram a vítima para sair para lanchar e se ofereceram para levá-la de volta para casa. No processo, consta que os envolvidos colocaram Ariane no banco de trás do carro, onde foi estrangulada e desmaiou. Em seguida, a vítima foi esfaqueada pelos jovens e seu corpo foi deixado em uma mata coberto com terra e pedras.

O jovem conhecido como Freya é apontado como autor das facadas, assim como Raíssa Nunes Borges. Enquanto Jeferson Cavalcante Rodrigues responde por ter usado o próprio carro para levar o grupo no passeio e, depois, ter jogado o corpo na mata onde foi localizado.