Saúde de Goiás adiciona tratamento psicológico para ajudar pessoas diagnosticadas com HIV

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), anunciou nesta última segunda-feira (04/8), a ampliação para serviços de apoio emocional para pessoas diagnosticadas com soropositivo, em campanha conjunta com Setembro Amarelo, mês da conscientização do suicídio. A campanha acontece no Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), local destinado a cuidado com pessoas soropositivas e outras doenças de longo prazo.

Os números de casos no estado goiano é superior a 25 mil casos totais, já no Brasil o número chega a mais de 1 milhão de pessoas com a infecção. Segundo a psicóloga e supervisora psicossocial Hevelim Rótulo órgão, “por ser uma doença crônica, sem cura e estigmatizada, é comum que ocorra intenso sofrimento psíquico, medo, revolta e culpa”. Além da pressão emocional individual, há também a pressão social de carregar o vírus, e os estigmas pejorativos por detrás, que por anos foi chamada de “câncer gay”. 

Além dos suportes individuais, a instituição também oferece ajuda com os familiares e entes próximos, de acordo com Eire Gonçalves, psicóloga do Ceap, “o tratamento também envolve familiares e acompanhantes do paciente, com todo o suporte para o núcleo familiar.” Um estudo da revista científica BMJ Journals com mais de 185 mil participantes, comprovou que pacientes soropositivos podem sofrer os efeitos da depressão até três vezes maiores, e até 100 vezes mais suscetíveis a cometerem suicídio.

Por ser uma doença autoimune, é necessário também por parte do paciente persistir no tratamento, de acordo com a médica e diretora técnica Thais Safatle, “(O paciente) ele precisa aderir ao tratamento para que, aos poucos, entenda melhor sua situação, assegurando seu bem-estar e funcionalidade”. 

Medicina Avançada

Por mais que seja uma doença sem cura, a medicina nos dias atuais tornaram ela menos grave, em julho do ano passado foi anunciado o quarto caso de uma pessoa curada pelo vírus. Outro dado deste ano foi a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), em que reafirmou a possibilidade da doença ser erradicada até 2030 com os recentes avanços medicinais, de acordo com a organização, se resume a uma questão de escolha política e alocação financeira. Vale lembrar que HIV e Aids não são sinônimos, HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus que causa a doença da Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.