Goiás ultrapassa a marca histórica de 10 MW em energia solar

A informação foi divulgada durante o Seminário Internacional sobre Planejamento Energético e Papel das Energias Renováveis, realizado hoje (24) no auditório da Acieg, em Goiânia

Postado em: 24-08-2018 às 16h50
Por: Lucas de Godoi
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A informação foi divulgada durante o Seminário Internacional sobre Planejamento Energético e Papel das Energias Renováveis, realizado hoje (24) no auditório da Acieg, em Goiânia

Da Redação

Goiás acabou de ultrapassar a marca histórica de 10
Megawatts (MW) de energia solar fotovoltaica instalada. Desde o lançamento do
Programa Goiás Solar, no início de 2017, até agora, o Estado passou da 17ª
posição no ranking nacional de energia solar fotovoltaica para a nona
colocação. O programa é executado pelo Governo de Goiás através da Secima. A
informação foi divulgada nesta sexta-feira (24/08), pelo presidente-executivo
da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absol), Rodrigo Lopes
Assuaia, durante o I Seminário Internacional sobre Energias Renováveis no
Estado de Goiás. O evento acontece durante todo o dia no auditório da Acieg, em
Goiânia.

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“Este total representa muito pouco, é verdade, perto do
potencial que Goiás tem para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica,
mas é um passo importante. A matriz energética fotovoltaica cresceu mais de
sete vezes no Estado em menos de um ano e meio de trabalho”, destacou o
dirigente da Absol. Segundo ele, novas linhas de financiamento estão sendo
estruturadas para o setor pelo BNDES e pelos fundos constitucionais para serem
operadas, no caso do Centro-Oeste, pelo Banco do Brasil.

Assuaia acrescentou que será ofertado financiamento, não
apenas para a pessoa jurídica, mas também para pessoa física. Produtores rurais
serão contemplados, assim como residentes da área urbana, aquelas pessoas que
desejam investir em energia solar fotovoltaica na sua residência para abastecer
sua família e assim reduzir o peso da energia elétrica, cujos custos têm
aumentado muito nos últimos anos para consumidores

Geração distribuída

Na abertura do seminário, o superintendente-executivo do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Secima, Paulo Humberto Guimarães, que
representou o governador José Eliton e o secretário Hwaskar Fagundes, lembrou
que poucos Estados têm como Goiás a insolação propícia ao aproveitamento para a
energia solar fotovoltaica. “Em menos de três anos saímos de uma posição
periférica para o nono lugar no País na geração de energia solar fotovoltaica
de geração distribuída, que são essas usinas que ficam em cima as casas. As
pessoas compram para poder reduzir sua conta de energia”, afirmou.

Conforme Guimarães, a iniciativa da realização de um
seminário internacional em Goiás sobre o tema reflete a fase de engajamento das
empresas e instituições envolvidas na busca pela consolidação de projetos,
programas e ferramentas tecnológicas que permitam o avanço no planejamento
energético do Estado, em especial no que se refere às energias renováveis.
”Através da Secima, o Estado de Goiás mostra o alinhamento de áreas estratégicas
relacionadas ao tema energia: infraestrutura, gestão dos recursos hídricos e
licenciamento ambiental, proporcionando um bom ambiente para a prospecção e o
desenvolvimento de projetos que contribuirão para o desenvolvimento”, afirmou o
superintendente.

Para a superintendente de Energia, Telecomunicações e
Infraestrutura da Secima, Danúsia Arantes Ferreira, com a sinergia e a atuação
conjunta do Executivo e do Legislativo, através do Fórum Permanente de Energias
Renováveis e da Superintendência, está sendo possível dialogar com o setor,
identificar os desafios, as oportunidades e, de forma sistêmica, construir um
caminho comum em busca do desenvolvimento de novas matrizes energéticas para o
Estado.

O presidente do Fórum Permanente de Assuntos Relacionados ao
Setor Energético do Estado de Goiás e presidente do Comitê de Energia Renovável
da Assembleia Legislativa, deputado estadual Simeyzon Silveira, destacou que o
objetivo do seminário é trazer especialistas da área de energias renováveis, de
forma que seja feita um troca e criada uma sinergia para que o setor se
fortaleça cada vez mais e o País se desenvolva com uma matriz energética “
limpa, forte e sustentável”.

Uma das palestrantes do evento foi a professora da
Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, Anna J. Wierczoerk. Ela
abordou o tema Políticas Públicas Transformadoras. A pesquisadora relatou a
experiência dos consumidores holandeses na escolha por matrizes energéticas
mais sustentáveis, em substituição ao combustível fóssil. Wierczoerk citou
ainda os exemplos dos Estados Unidos e da China, onde o número de painéis
solares fotovoltaicos instalados em residências tem crescido significativamente
por meio de apoio governamental, oferta de crédito e aceitação pública.

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