Justiça condena homem que postou vídeos do Estado Islâmico e guardou granada e munições em casa

A investigação foi realizada após pessoas anônimas denunciarem o comportamento agressivo do homem no trabalho. O réu foi condenado a 6 anos de prisão.

Postado em: 29-11-2023 às 14h45
Por: Daisy Rodrigues
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A investigação foi realizada após pessoas anônimas denunciarem o comportamento agressivo do homem no trabalho. O réu foi condenado a 6 anos de prisão.

O Ministério Público Federal (MPF) realizou uma ação penal e informou que um homem guardava em casa munições de diversos calibres e uma granada de “alto poder destrutivo”. Ele foi preso e condenado a 6 anos de prisão por preparar atos terroristas em Goiás.

A decisão foi divulgada na terça-feira (28) e o processo corre em segredo de justiça. A investigação começou após denúncias anônimas contra o réu. As denúncias começaram após o homem ter comportamentos agressivos no trabalho e postar vídeos e fotos suspeitas no status de um aplicativo de mensagens.

A MPF informou que o homem postava vídeos do estado islâmico e fotos de uma granada associada à imagem da empresa onde trabalhava, o que deixou os colegas com medo.

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Conforme divulgou o MPF, a polícia encontrou históricos de pesquisas do homem na internet, que mostraram o interesse dele por armamentos, bombas, grupos extremistas e organizações paramilitares. Também foram encontradas pesquisas com conteúdos racistas, discriminatórios e conversas com pessoas em árabe e russo.

Defesa

Durante o interrogatório, o réu confessou que guardava munições e granada, que teria sido comprada na internet e não estava em “pleno funcionamento”. Apesar da alegação, a investigação pontuou que um perito em bombas da Polícia Militar de Goiás constatou a presença de carga explosiva no artefato.

O homem confirmou à Justiça que conversou com estrangeiros em grupos, mas negou ter relação com grupos terroristas, e disse que algumas pesquisas feitas eram “aleatórias” feitas por curiosidade e outras ele afirmou que desconhecia.

A condenação foi baseada em artigos da Anti-Terrorismo e amparada pelas provas. A denúncia foi feita pelo MPF em abril deste ano e recebida em maio deste. As munições e a granada foram enviadas para destruição no Exército.

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