Preço alto é obstáculo para inclusão da vacina contra dengue no SUS; Ministério da Saúde avalia propostas

A vacina já está disponível na rede privada desde junho de 2023

Postado em: 08-12-2023 às 09h38
Por: Ícaro Gonçalves
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A vacina já está disponível na rede privada desde junho de 2023 | Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde abriu, nesta quinta-feira (7/12), uma consulta pública para avaliar a proposta de incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Considerado um avanço das pesquisas em saúde, o imunizante Qdenga apresentou significativa redução de casos graves nos testes clínicos. A vacina já está disponível na rede privada desde junho de 2023.

Para a Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o imunizante deve ser disponibilizado em localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença.

A recomendação inicial da Conitec também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, compatível com a sustentabilidade do PNI. Apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de R$ 170, ainda é alto, considerando os demais imunizantes já ofertados. Nesse preço, o valor é duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.

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Dengue em Goiás

Em reportagem do jornal O Hoje publicada no mês junho, o infectologista Marcelo Daher explicou que o clima do Brasil, e em especial de Goiás, é considerado propício para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. “Goiás bate recordes ano após ano no número de casos da doença e de mortes por dengue”, afirmou. O especialista informou que a Qdenga é feita aproveitando a própria estrutura do vírus da dengue tipo 2. “Mas também dá proteção para os outros tipos de dengue, de tipo um, três e quatro”, orientou. 

O infectologista ressalta que o imunizante é um avanço para a saúde. “Nos testes clínicos, ela se mostrou promissora e eficaz, diminuindo a incidência da doença e com a vantagem da redução significativa da gravidade dos casos e consequentemente as internações e óbitos por conta da doença”, afirmou. 

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