Adutora que liga Mauro Borges ao Meia Ponte fica pronta

A transposição é uma medida emergencial para o Rio Meia Ponte, que, de acordo com a última medição da Saneago, se encontra pouco acima de 3.500 l/s

Postado em: 29-09-2018 às 10h00
Por: Sheyla Sousa
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A transposição é uma medida emergencial para o Rio Meia Ponte, que, de acordo com a última medição da Saneago, se encontra pouco acima de 3.500 l/s

O objetivo é que, com a utilização do Mauro Borges, não seja necessária a aplicação de rodízios

A construção da adutora que liga a Barragem do Ribeirão Mauro Borges ao Rio Meia Ponte foi finalizada esta semana e já pode começar a funcionar em caso de necessidade de reforço da oferta de água bruta para o Sistema Meia Ponte. A transposição é uma medida emergencial para o Rio Meia Ponte, que, de acordo com a última medição da Saneago, se encontra pouco acima de 3.500 l/s.

Hoje, o Sistema Mauro Borges conta com cerca de 130 bilhões de litros de água armazenada em uma área com pouco mais de 1000 hectares que deve ser utilizada em caso da vazão do Rio Meia Ponte ficar menor que 2.300 l/s. O objetivo do Estado é que, com a utilização do Mauro Borges, não seja necessária a aplicação de rodízios em bairros da Capital. Os dois sistemas juntos abastecem cerca de 1,6 milhão de pessoas nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira e Trindade.

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Em entrevista ao O Hoje no início de setembro, a engenheira Juliana Matos, assessora de Expansão da Saneago, explicou que os problemas encontrados com o Rio Meia Ponte se dão em duas vertentes: a primeira é em relação à queda em média de 25% no volume de chuvas dos últimos 20 anos que, segundo dados da Estação Pluviométrica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), somente os valores de 1999, 2007, além dos anos de 2015, 2016 e 2017, estão abaixo dos 1500 mm precipitados, corroborando a atual situação de déficit hídrico. Enquanto a segunda se dá devido à intervenção humana no curso d’água, que é utilizado para irrigação e abastecimento de fazendas.

Somente na bacia do Rio Meia Ponte, que possui uma área de 1.637,78 km², existem seis classes de uso e ocupação do solo, como a agricultura, que representa 43,71%, a pastagem, com seus 39,98%, a floresta que equivale apenas a 11,90%, além do zoneamento Urbano, com 3,35%, cerrado 0,9% e água 0,14%.

O rio nasce na Serra dos Brandões, entre os municípios de Itauçu e Taquaral de Goiás, a 60 km de Goiânia, e atravessa 17 municípios antes de chegar à Capital, onde sofre ainda mais com a retirada da água e despejo de esgoto, que é em média de 1.600 litros por segundo l/s.

No Estado, os principais consumidores de água tratada no Estado são os clientes residenciais, que representam 87,27% do volume de água faturado pela Companhia. O órgão ainda afirmou que os clientes comerciais representam 5,79% e os clientes públicos (órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal, templos religiosos e entidades declaradas de utilidade pública) 4,55% do total. As indústrias estaduais são responsáveis pelo consumo de apenas 1,32%. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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