Família de mãe e filho que morreram envenenados presta depoimento nesta terça-feira

A Polícia Civil descartou o uso de pesticida no envenenamento das duas vítimas

Postado em: 26-12-2023 às 13h00
Por: Daisy Rodrigues
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A Polícia Civil descartou o uso de pesticida no envenenamento das duas vítimas | Foto: Reprodução

A família de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, que morreram envenenados, irá prestar depoimento nesta terça-feira (26), em Goiânia. O ex de Amanda Partata, presa suspeita do crime, a irmã e a mãe dele prestam depoimento ao delegado Carlos Alfama, na Delegacia de Investigação de Homicídios.

O primeiro depoimento do ex de Amanda começou às 10h. A suspeita do crime foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20) e passou pela audiência na quinta-feira (21). Amanda negou a autoria do crime à polícia.

Os advogados de Amanda disseram, em nota, que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.

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Entenda o caso

Após a morte de Leonardo, o caso passou a ser investigado na segunda-feira (18). Em um boletim de ocorrência, a esposa dele conta que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a suspeita comeram durante a manhã de domingo (17).

Três horas após consumir os alimentos, Leonardo e Luzia começaram a sentir fortes dores abdominais e apresentarem vômitos e diarreia. Tanto a mãe quanto o filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram e vieram a óbito.

Café da manhã

Amanda aparece sorrindo em uma foto sentada na mesa do café da manhã no dia em que o ex-sogro e a mãe dele morreram em Goiânia. A foto mostra Amanda ao lado da mesa com bolos de pote, sacolas e uma garrafa de suco.

O delegado Carlos Alfama acredita que a advogada colocou veneno no suco servido para as vítimas. Segundo Alfama, a advogada disse que comeu os bolos, mas ao ser questionada se tomou o suco, ela “travou”.

“Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, afirmou o delegado.

Ela foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco de uva e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia. Ela ficou na casa entre às 9h e 12h.

Estavam na casa durante o café da manhã, Leonardo Pereira Alves, o pai do ex-namorado de Amanda, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado e o marido de Luzia. Dos três, somente o último familiar não tomou o café da manhã.

Atualizações sobre o caso

A Polícia Civil descartou que a advogada Amanda Partata tenha usado pesticida para matar o ex sogro e a mãe dele, mas ainda acredita que as vítimas tenham sido envenenadas. A investigação ainda tenta descobrir qual a substância teria causado a morte de Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves. De acordo com as investigações, ela teria cometido o crime após se sentir rejeitada com o término do namoro.

“[Os pesticidas] foram descartados. Os pesticidas, como eles são moléculas maiores, eles são mais fáceis, relativamente mais fáceis da gente trabalhar com elas e detectá-las. Então, já foi feita essa pesquisa pelos 300 pesticidas e já foi descartada essa hipótese.”

“Até o carbamato, que é o ‘chumbinho’, que era uma das vias, ele já foi descartado”, disse Olegário Augusto, perito criminal e da Divisão de Comunicação da Polícia Científica.

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