Caminhoneiro suspeito de integrar grupo que roubava carros em São Paulo e vendia peças em Goiânia confessa crimes por mensagens de áudio

A polícia informou que o Bairro Vila Canaã funciona um dos maiores comércios clandestinos de peças de carros, motos e caminhões do país

Postado em: 11-03-2024 às 11h14
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Caminhoneiro suspeito de integrar grupo que roubava carros em São Paulo e vendia peças em Goiânia confessa crimes por mensagens de áudio
A operação foi realizada pelas polícias Civil e Rodoviária Federal no fim de janeiro, 27 pessoas foram presas | Foto: Polícia Civil

Um caminhoneiro suspeito de integrar um grupo que furtava carros em São Paulo (SP) e vendia peças em Goiás, confessou os crimes por meio de um áudio informando sobre a carga roubada. Segundo a polícia, a organização criminosa é composta por lojistas e por pessoas que furtam e roubam os veículos.

“Bora, moço! Esquenta não! Estou com 14 carros roubados dentro do caminhão e não estou preocupado”, diz o suspeito por áudio.

A operação foi realizada pelas polícias Civil e Rodoviária Federal no fim de janeiro. Durante a ação, 27 pessoas foram presas nos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

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A polícia informou que o Bairro Vila Canaã é um dos maiores comércios clandestinos de peças de carros, motos e caminhões do país. De acordo com dados do Detran-Go, são cerca de 1 mil lojas na região e mais de 20% delas são legalizadas.

O Ministério da Justiça no Brasil revela que diariamente acontecem em média quase 1 mil roubos e furtos de veículos. Os dados de 2023 apontam que o Estado de São Paulo é o primeiro da lista com 43% das ocorrências. Goiás aparece com apenas 2% dos casos de furtos e menos de 1% de roubos.

A queda em Goiás se dá pela política de Segurança pública de combate a estes tipos de crime, mas o comércio ilegal de peças automotivas segue até durante o dia.

Por meio de câmeras de seguranças é possível ver um caminhão chegando em uma rua da Canaã e treze pessoas fazendo a descarga das mercadorias. As peças descarregadas, possivelmente, são de veículos roubados em SP. Segundo as investigações, esse caminhão já teria feito 60 viagens, transportando peças sem notas fiscais.

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