Buscas da menina Sâmylla, de 6 anos, chegam ao 2º dia

Participação de Rauena Zerra

A noite desta quinta-feira (4) pode ter sido a mais difícil para a família Silva quando a menina Sâmylla Victoria, de seis anos, desapareceu, em Aparecida de Goiânia. Ao todo, uma multidão de cerca de 20 pessoas estava na Rua Santa Cruz, no Bairro Cidade Livre durante as buscas noturnas para confortar os oito familiares e ajudar nas buscas da menina desaparecida.

Conforme divulgou o jornal O Hoje nesta sexta-feira (5), a menina, que estava voltando da escola com a mãe neste dia 4, por volta das 17h30, já estava a poucos metros do portão de casa quando foi levada por uma forte enxurrada. Como indicam as imagens de satélites da região, se trata de uma área rural e íngreme que faz fronteira com as matas ciliares do Córrego Lages. 

Até o momento da divulgação desta reportagem, a criança ainda não foi encontrada. Contudo, as buscas continuam durante este dia 05 pela equipe do Corpo dos Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) ao redor do córrego onde a garota foi vista pela última vez. Ao todo, foram mobilizadas cinco equipes com 26 membros dos CBMGO com apoio da equipe aérea de helicópteros, e membros da Defesa Civil e Guarda Civil. Também foram mobilizados cerca de 100 membros da Prefeitura de Aparecida com equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Aparecida, da Assistência Social e da Saúde.

Além disso, uma equipe de pelo menos doze voluntários se organizou no centro de comando das operações para encontrar a garota ainda em vida. Em certo momento, os integrantes se juntaram para fazer uma roda de orações. A expectativa das equipes de busca, e principalmente dos familiares, é para que a garota Sâmylla seja encontrada com vida. Dentro disso, uma mochila rosa e traçada com um relevo de losango marca Chanel foi encontrada nas redondezas de uma chácara a cinco quilômetros de distância do local em que ela desapareceu na manhã desta sexta-feira (5). 

Dentro da bolsa, foram encontrados os pertences da criança como um lápis e caderno encardido com um dever de casa de caligrafia não finalizado. Segundo apurou a equipe do jornal O Hoje, a primeira pessoa a encontrar esta pista foi o caseiro Adair Tavares ao fazer o manejo do gado numa chácara ao lado. “É que eu fui descer a mata para ver o gado e a bolsa estava lá. Na hora eu liguei para os bombeiros mas já estavam aqui do lado”. 

De acordo com o Major Alves, responsável pelas buscas da CBMGO pela busca da garota, conta que os especialistas estão fazendo a sondagem de possíveis pontos em que a garota Sâmylla possa estar. “Nós estamos tentando fechar esse território com todas essas buscas e de varredura. Temos apoio das equipes da Prefeitura de Aparecida que nos ajudam com recursos na procura, especialmente com áreas com entulho”, explica o encarregado.

Além disso, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (MDB) foi aos locais de busca e se sensibilizou com o ocorrido. Em coletiva, disse que direciona equipes da prefeitura para ajudar a encontrar a garota e solucionar as buscas bem como se preparar para que casos similares não aconteçam. “Ficamos muito tristes, é uma tragédia incomensurável. Entupimento de boca-de-lobo é algo recorrente, infelizmente, lixo jogado na rua acaba entupindo [os equipamentos públicos]”. (Especial para O Hoje)