Caiado critica modelo atual de correção das dívidas dos estados

Governador Ronaldo Caiado em entrevista à Globonews: "É um tema que não dá mais para ser prorrogado”

Postado em: 04-07-2024 às 18h05
Por: Tathyane Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: Caiado critica modelo atual de correção das dívidas dos estados
Governador Ronaldo Caiado em entrevista à Globonews: "É um tema que não dá mais para ser prorrogado” | Foto: Wesley Costa

O governador Ronaldo Caiado voltou a criticar o modelo atual de renegociação das dívidas dos estados com a União e cobrou urgência na revisão do indexador da dívida, em entrevista à Globonews, nesta quinta-feira (4).

Convidado do programa Em Ponto, apresentado por Mônica Waldvogel e Nilson Klava, Caiado assegurou que vai atuar fortemente por um desfecho positivo para a “eterna novela das dívidas dos estados”.

A expectativa agora é que o tema avance no Congresso Nacional por meio de projeto articulado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Da forma como está, argumentou Caiado, a situação conduz a um sufocamento fiscal. “É próximo a um processo de ‘agiotagem’”, comparou.

Continua após a publicidade

Caiado destaca a revisão

Caiado abordou de forma incisiva a necessidade de revisão do indexador das dívidas dos estados com a União. “Para que esse parâmetro não transforme todos os governadores em maus pagadores”, afirma ele.

“Nenhum estado consegue arcar com uma dívida que sobe de R$ 283 bilhões para mais de R$ 700 bilhões”, disse ele, referindo-se ao valor atual dos débitos dos entes federativos com a União, que saltou nos últimos anos e chegou a R$ 764 bilhões.

O governador enfatizou que a inação neste tema pode levar os estados a uma séria incapacidade de investimento já a partir de 2025. Caiado destaca a pressão crescente sobre os recursos estaduais para atender às necessidades básicas da população.

“É um tema que não dá mais para ser prorrogado, senão os estados entram num processo de incapacidade de investimento. Tem uma demanda que a sociedade exige de nós em saúde, educação, segurança, infraestrutura, isso daí não pode ser garroteado”, declarou.

Veja Também