Coqueluche: aumento de casos da doença no Brasil reforça importância da vacinação

Ministério da Saúde registrou 115 casos da doença até 6 de junho de 2024, enquanto em 2023 foram 217 casos ao longo do ano.

Postado em: 10-07-2024 às 08h06
Por: Luana Carvalho
Imagem Ilustrando a Notícia: Coqueluche: aumento de casos da doença no Brasil reforça importância da vacinação
Ministério da Saúde registrou 115 casos da doença até 6 de junho de 2024, enquanto em 2023 foram 217 casos ao longo do ano. | Foto: istockphoto

A coqueluche, caracterizada por tosse seca, falta de ar, febre e cansaço, teve um aumento significativo de casos em diversos países no primeiro semestre de 2024. A doença, infecciosa e altamente transmissível, pode ser controlada com a vacinação.

O Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças (ECDC) relatou que nos três primeiros meses de 2024, mais de 32 mil casos de coqueluche foram registrados na União Europeia, em pelo menos 17 países, comparados aos pouco mais de 25 mil casos durante todo o ano de 2023. Na China, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças comunicou 32.380 casos e 13 óbitos até fevereiro de 2024.

No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 115 casos da doença até 6 de junho de 2024, enquanto em 2023 foram 217 casos ao longo do ano.

Continua após a publicidade

O que é a coqueluche?
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias e causa crises de tosse seca e falta de ar, principalmente em bebês e crianças. A transmissão ocorre através de gotículas da tosse, espirros ou fala de uma pessoa contaminada, com possibilidade rara de contaminação por objetos recentemente infectados.

Tosse seca e mal-estar
Os sintomas da coqueluche se manifestam em três níveis:

  1. Primeiro estágio: sintomas semelhantes aos de um resfriado, como mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa, que podem durar semanas.
  2. Segundo estágio: agravamento da tosse.
  3. Terceiro estágio: tosse intensa que pode comprometer a respiração, causar vômitos e cansaço extremo.

Os sintomas geralmente duram entre seis e dez semanas, podendo se estender dependendo do caso. A maioria das pessoas se recupera sem complicações. Formas graves da doença podem levar a infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsões, lesões cerebrais e morte.

Como prevenir?

A vacinação é a melhor forma de prevenção e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Para crianças até seis anos, gestantes e profissionais da saúde. A vacina pentavalente, administrada em três doses no primeiro ano de vida (aos dois, quatro e seis meses), com reforços aos 15 meses e aos quatro anos, previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B.

Em 2023, a cobertura da vacina ficou em 84,11%, abaixo da meta anual de 95%.

Veja Também