Goiânia enfrenta alta poluição atmosférica

Especialista explica que vários fatores contribuem para esse cenário

Postado em: 18-07-2024 às 07h30
Por: Luana Carvalho
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Modelo de monitoramento | Foto: André Amorim

No último dia 27 de junho, os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente lançaram o Painel de Monitoramento da Poluição Atmosférica, revelando dados preocupantes para Goiânia. Em 2023, a cidade registrou uma média de poluição atmosférica de 10,18, superando a média estadual de 8,27 em Goiás e a média nacional de 9,9 para partículas menores que 2,5 micrômetros no ar.

André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), apontou diversos fatores contribuintes para esse cenário alarmante. Entre eles estão as atividades industriais, a concentração urbana, o clima seco e, especialmente, as queimadas. Segundo ele, “as queimadas têm sido um dos principais vilões nos últimos anos.”

A situação se agrava na região metropolitana de Goiânia devido à combinação de clima seco, queimadas recorrentes, crescimento urbano e atividades industriais intensas. Esses elementos contribuem para deteriorar ainda mais a qualidade do ar, impactando diretamente a saúde pública.

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O Painel revelou que, desde 2019, a região Centro-Oeste tem consistentemente excedido o limite recomendado para a saúde humana em termos de qualidade do ar. Embora tenha apresentado uma leve melhora em 2023. Entre 2014 e 2017, os índices de poluição também foram preocupantes, com picos que ultrapassaram os 15 pontos, considerados extremamente prejudiciais à saúde.

Método de medição

Em relação ao método de medição, André enfatizou a importância das partículas menores, como as de 2,5 micrômetros. Reconhecidas internacionalmente por seus efeitos adversos à saúde respiratória e cardíaca. Ele destacou que, enquanto o Ministério da Saúde utiliza modelagem para monitoramento. Esforços locais em Goiânia, como as estações físicas em Catalão e na capital, buscam diversificar as fontes de dados para uma análise mais precisa da qualidade do ar.

Para enfrentar esse desafio, além de políticas públicas eficazes, é crucial a conscientização da população sobre os riscos associados à poluição atmosférica e às queimadas sazonais. Ações coordenadas são necessárias para mitigar os impactos na saúde pública, especialmente entre crianças e idosos, mais vulneráveis aos efeitos adversos da poluição.

Para mais informações e para acompanhar os dados atualizados do Painel de Monitoramento da Poluição Atmosférica, acesse aqui.

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