Empresa de táxi aéreo alerta sobre transporte clandestino na Região Centro-Oeste

Fretamento de aeronaves de pequeno porte apresenta vantagens, mas também alguns perigos

Postado em: 20-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Fretamento de aeronaves de pequeno porte apresenta vantagens, mas também alguns perigos

Higor Santana*

De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), das 20 empresas de táxi aéreo sediadas em Goiás, apenas seis passaram pela rigorosa vistoria realizada pela Agência. Em toda a região Centro-Oeste apenas uma conta com homologação para operar como UTI aérea e táxi aéreo fora do país. A utilização de empresas de táxi aéreo irregulares traz riscos para os passageiros e para a própria tripulação. Essa prática é perigosa e pode ocasionar até mesmo acidentes aéreos. 

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Muito usado por executivos e artistas em viagens de trabalho, o fretamento de aeronaves de pequeno porte apresenta vantagens, mas também alguns perigos. Segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), apesar do setor passar por uma estrita regulação e sofrer constante fiscalização, operações irregulares são comuns.

Doris Pontes, representante da Brasil Vida Táxi Aéreo (foto acima), alerta que as empresas clandestinas que não passam pela vistoria da ANAC colocam em risco a vida de quem necessita dos serviços de táxi aéreo. “Fica mais fácil o não cumprimento de uma manutenção mais criteriosa que atenda às exigências do fabricante, bem como a instalação e o uso de equipamentos não aeronáuticos e não certificados pelos fabricantes”, alerta.

Combate

A ANAC lançou em 2018 uma campanha para combater a prática de táxi aéreo clandestino no Brasil, que visa conscientizar os usuários sobre os riscos de se contratar um serviço irregular de táxi aéreo. A agência reguladora reforça que as empresas clandestinas não cumprem os requisitos necessários para oferecer o serviço. 

Por conta de todos os riscos, quem deseja contratar uma empresa de táxi aéreo deve se atentar para o fator da segurança. “As empresas de táxi aéreo regulares passam por uma vistoria com rigor por parte da ANAC, com exigências maiores na parte de manutenção e certificações, garantindo, assim, que essa atividade seja praticada com a maior segurança possível”, ressalta Doris. 

Clandestinas

Segundo a Abag, o desvio de finalidade e utilização de empresas clandestinas é comum e ocorre principalmente em função do desconhecimento da população a respeito das regras do setor. Ainda segundo a Agência, o tipo mais recorrente de pirataria no fretamento aéreo ocorre com empresas ou pessoas que têm seus próprios aviões, e acabam transportando outras pessoas comercialmente. 

Segurança

De acordo com a Brasil Vida, é recomendável que os clientes contratem empresas homologadas, que são aquelas certificadas perante à ANAC, sendo portadoras de uma licença que as autorizam a operar como empresas de táxi aéreo. É possível verificar quais são as empresas autorizadas pela agência nacional para prestar esse serviço e o tipo de aeronave utilizada, que precisa ser da categoria TPX.

Doris destaca a importância da adoção de diversos procedimentos de segurança, além de respeitar toda a legislação e atender os critérios estabelecidos pela ANAC e pelos órgãos reguladores de aviação no Brasil. Entre os procedimentos estão obedecer os critérios de segurança previstos em seus manuais e adotar treinamentos periódicos para seus tripulantes e funcionários, para aumentar o nível de segurança das operações.

Outro ponto importante é contar com pilotos experientes para a realização do transporte, que garantem ainda mais a segurança do voo. “A experiência e o conhecimento do piloto para a tomada de decisão num momento de emergência fazem toda a diferença”, ressalta Doris. Segundo a ANAC, essa categoria tem exigências de manutenção e certificação ainda mais rígidas, o que confere maior segurança para o serviço prestado. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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