Novas regras no uso dos patinetes podem acabar com o serviço na Capital

Empresas que oferecem o serviço alegam que a aplicação de multas e o uso obrigatório dos capacetes são exemplos claros de arbitrariedade e podem impedi-las de continuar a operar em outras cidades

Postado em: 03-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Empresas que oferecem o serviço alegam que a aplicação de multas e o uso obrigatório dos capacetes são exemplos claros de arbitrariedade e podem impedi-las de continuar a operar em outras cidades

Isabela Martins*

As novas regras que começaram a vigorar em outras capitais, como São Paulo, sobre o uso dos patinetes eletrônicos podem deixar o serviço inviável. Empresas que oferecem o serviço alegam que a aplicação de multas e o uso obrigatório dos capacetes são exemplos claros de arbitrariedade e podem impedi-las de continuar a operar em outras cidades, como Goiânia, por exemplo. 

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Mas segundo o vereador Paulo Magalhães (PSD), as novas obrigações que foram estabelecidas na grande São Paulo que determinam uso de capacete e multas em caso de descumprimento de regras não se aplicariam em Goiânia. “Eu vi o que está acontecendo em São Paulo, mas acho que o pessoal tem que se adequar as coisas boas. Usar capacete vai ser meio complicado. Onde você vai deixar, ele é deixado em todas as esquinas onde tiver. Capacete cada um tem um. Assim fica mesmo inviável”.

Micromobilidade

O vereador foi quem apresentou o projeto de lei que dispõe sobre o Sistema de Micromobilidade Compartilhada e seu funcionamento nas vias de Goiânia. Ele explica que o objetivo do projeto é regular o serviço oferecido. “É definir e regular os serviços de micromobilidade, integrando ao sistema de mobilidade da cidade, e uma rede de mobilidade compartilhada para estabelecer as condições de viabilidade e operacionalidade dos agentes e dos usuários”. 

Segundo ele, os patinetes são uma inovação em todo o país, e por isso, a necessidade de se criar leis municipais, além do Código de Trânsito Brasileiro e da Resolução 465 do Contran. “Estamos fazendo aqui um projeto para regulamentar, fica claro e evidente que é mais um meio de transporte para pessoa responsável e para maior de 18 anos, agora virou brinquedo. Em todo Brasil já virou brinquedo”. 

Quase 3 meses e muitas denúncias  

O serviço começou as ser oferecido em março em Goiânia. Em meio a polêmicas sobre o uso do veículo, as denúncias de mau uso dos patinetes ou acidentes são frequentes na Capital. Segundo o vereador Paulo Magalhães, já há um compromisso junto com a Secretaria Municipal de Trânsito,Transporte e Mobilidade (SMT) para aplicar o projeto. “Aqui é a mesma coisa, patinete não é um problema, é solução desde que as pessoas tenham educação para que possam realmente usá-lo. Houve uma decisão entre a SMT e a Secretaria de Planejamento, fizemos audiência pública de forma que está bem estruturado”.

Responsabilidade é a solução

O vereador acredita que o ponto fundamental para que os patinetes realmente funcionem é a responsabilidade dos usuários. “É necessário que a população entenda que não é um caminho para brincadeira, é um veículo para locomover rapidamente e não trazendo risco de vida para ninguém, mas que tenha responsabilidade. As pessoas têm que ter educação e realmente praticar a lei. É proibido para menor de 18 anos, não tem que dar para criança. Nossa população tem que se preparar, ser bem educada para poder usar o patinete”. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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