MP-SP pode pedir exame psicológico de Najila Trindade

Solicitação pode ser feita quando a investigação for encaminhada à instituição pela Polícia Civil, que deve acontecer na próxima segunda-feira

Postado em: 29-06-2019 às 15h00
Por: Leandro de Castro Oliveira
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Solicitação pode ser feita quando a investigação for encaminhada à instituição pela Polícia Civil, que deve acontecer na próxima segunda-feira

Da Redação

O Ministério Público de São
Paulo considera a possibilidade de pedir um exame psicológico da modelo Najila
Trindade, que acusa Neymar de estupro e agressão durante encontro em Paris no
mês de maio. O pedido pode ser feito quando a investigação for encaminhada à
instituição pela Polícia Civil, o que deve acontecer na Segunda-feira (1).

Para
Flávia Merlini, promotora de Enfrentamento à Violência Doméstica que acompanha
o caso, o procedimento é comum em casos de crimes sexuais. “Na verdade, sempre
há esta possibilidade do exame psicológico em crimes sexuais. É algo muito
comum neste tipo de crime para o Ministério Público pedir este tipo de prova
Nós vamos decidir se vamos pedir ou não”, afirmou Flávia Merlini nesta
Sexta-feira (28).

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O
advogado da modelo, Cosme Araújo, é contrário à avaliação psicológica de
Najila. “O advogado da vítima já soltou uma nota na imprensa de que ele seria
contra esse exame por sugerir que a vítima tem qualquer tipo de problema.
Então, vamos avaliar, quando o inquérito policial chegar para nós, se haverá
necessidade deste tipo de diligência ou não”, ponderou Flávia Merlini.

A
Polícia ouviu nesta Sexta-feira (28) o último depoimento no inquérito. A
advogada Yasmim Abdalla foi ouvida à tarde na 6.ª Delegacia de Defesa da Mulher
e saiu sem dar declarações à imprensa.

Um
dos questionamentos dos investigadores abordou o sumiço do celular de Najila.
Yasmin foi questionada se viu o aparelho com a modelo. Na visão dos
investigadores, o aparelho é importante, pois teria imagens do segundo encontro
entre Neymar e a modelo em Paris. Najila diz que perdeu o celular, mas não
registrou Boletim de Ocorrência e não pediu o bloqueio da linha.

Na
segunda-feira (1) termina o prazo para a conclusão do inquérito. Os
investigadores podem solicitar um tempo maior de apuração ou finalizar o
relatório, a tendência mais provável. O documento será encaminhado ao
Ministério Público, que pode denunciar (fazer acusação formal contra Neymar),
pedir o arquivamento ou requisitar novas diligências. A promotoria tem 15 dias
para decidir.

 

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