Ipasgo renova contrato com empresa da qual funcionários são investigados por fraude

Investigação aponta desvio de R$500 milhões em fraude descoberta em julho desse ano

Postado em: 07-08-2019 às 19h02
Por: Leandro de Castro Oliveira
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Investigação aponta desvio de R$500 milhões em fraude descoberta em julho desse ano

Da Redação

O Instituto de Assistência do Servidor Público de Goiás (Ipasgo) prorrogou o contrato com a empresa GT1 Tecnologia, cujos os funcionários são investigados por uma fraude que chegou a desviar R$500 milhões de dinheiro público, de acordo com investigações. A prorrogação valerá até dia 4 de agosto de 2020, ou até que seja concluído o prazo de licitação para desempenhar a mesma função.

A empresa GT1 que presta serviço de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e apoio administrativo vai receber um valor de 17 milhões, a renovação foi confirmada no Diário Oficial do Estado de Goiás, nesta quarta-feira, 7. 

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A fraude existiria desde 2011 e foi descoberta pela Polícia Civil, através da Operação Morfina . Cerca de 130 mil funcionários e 16 médicos foram credenciados indevidamente nos últimos sete anos, pelo Ipasgo. “Com que temos de informações até o momento até o momento, não é possível afirmar que a empresa GT1 está envolvidos nas fraudes, apenas os funcionários são investigados”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Rhaniel Almeida.

O Ipasgo afirma que os funcionários envolvidos no caso foram afastados até que as investigações terminem e que a renovação foi necessária para que atividades em andamento não sejam interrompidas.

Leia a nota do Ipasgo, na íntegra:

O Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) informa que o contrato com a empresa Hominus Gestão e Tecnologia LTDA, foi prorrogado, em caráter temporário, pelo prazo máximo de 12 meses. O aditivo está condicionado à conclusão de novo certame licitatório, que no momento se encontra em fase de desenvolvimento pelo órgão. 

A prorrogação do contrato foi autorizada legalmente para evitar a paralisação das atividades do Ipasgo, causando prejuízos aos mais 625 mil usuários do plano. O objeto do contrato, que se encerraria no dia 9 de agosto, é a contratação de mão de obra para a prestação de serviços em tecnologia e comunicação e apoio administrativo para todas as unidades do Ipasgo. 

É importante esclarecer que, até o momento, a empresa Hominus Gestão e Tecnologia não é alvo de nenhum tipo de investigação dentro da Operação Morfina. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), as investigações ainda não se recaíram sobre a empresa, mas sim sobre funcionários que prestavam serviço e que foram afastados pela mesma. 

O Ipasgo apoia incondicionalmente o andamento da Operação Morfina, da Polícia Civil do Estado de Goiás, que desarticulou um esquema criminoso que ocorria no órgão desde o ano de 2011. Os primeiros indícios de fraudes e desvios apareceram em auditoria promovida pelo Ipasgo, cujos dados foram reportados à Controladoria Geral do Estado. 

A nova gestão vem tomando as medidas cabíveis para a devida averiguação e responsabilização por eventuais crimes cometidos. O Ipasgo informa que espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados e os responsáveis sejam devidamente punidos. As apurações policiais ainda estão em andamento. Por isso, o Ipasgo informa que medidas administrativas em relação às irregularidades somente poderão ser tomadas após o fim das investigações, bem como o ressarcimento do erário.

 

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