Membros de família cigana são presos suspeitos de cometerem mais de 10 assassinatos

De acordo com a PC, os membros da família cigana se matam há gerações em diversos estados do Brasil, onde se enfrentam quando se encontram| Foto: Divulgação

Postado em: 04-11-2019 às 10h10
Por: Redação
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De acordo com a PC, os membros da família cigana se matam há gerações em diversos estados do Brasil, onde se enfrentam quando se encontram| Foto: Divulgação

Eduardo Marques

A Polícia Civil (PC) prendeu três pessoas na quinta-feira (31) durante a deflagração da Operação Nômade, que investiga o assassinato de membros de uma família cigana. A ação apreendeu quatro pistolas, um revólver e centenas de munições. Os presos foram encaminhados à Casa de Prisão Provisória (CPP), onde estão à disposição do Poder Judiciário.

A família Dantas é composta basicamente por ciganos, segundo a investigação, e a rixa entre seus membros é antiga. As investigações indicam que Pascoal Dantas e Jonatas Dantas mataram José Paulo de Almeida Dantas, genro de Pascoal, em 02 de novembro do ano passado, em Eunápolis (BA). Uma outra pessoa identificada pelas iniciais M. C. F. também foi presa suspeita de tentar um homicídio em Goiânia, caso em que a vítima ficou tetraplégica. À época, o pai de José Paulo, Adnoel Marques, também foi ferido.

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De acordo com a Polícia Civil, os membros da família se enfrentam sempre que se encontram, nos estados do país, como aponta a DIH. Outros casos de assassinatos e rixas aconteceram em Tocantins, Maranhão, Rondônia e no Distrito Federal. O saldo da briga familiar está em 13 tentativas de homicídio e dezenas de mortos.

Em 2017, os irmãos Pascoal e Luciano Dantas sequestraram seu primo Iranildo Gama Queiroz e exigiram R$ 5 milhões pela libertação. O pai da vítima, Zanata Dantas pagou R$ 500 mil, no entanto, Iranildo foi morto, esquartejado e teve sua cabeça enviada para seu pai. No mesmo ano, outro irmão, Nivaldo Dantas, tentou matar Pascoal e na mesma ocasião matou o filho de dele, Gabriel Dantas, seu próprio genro.

Em 2018, já em Palmas (TO), Zanata Dantas contratou pistoleiros profissionais para eliminarem o maior número possível de pessoas da família de Luciano e de Pascoal, como revanche pela morte do filho. Na emboscada, os pistoleiros conseguiram matar o filho de Luciano, João Vitor, que morreu a caminho do hospital. Luciano, sua esposa Vilma e seu irmão, Florisvaldo Dantas, escaparam feridos. Mas meses depois, Luciano foi encontrado e assassinado em Rondônia. 

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