Operação apreende aeronave, obras de arte e carros de luxo, em Goiânia

Sócios, funcionários do Ingoh e antiga cúpula do Ipasgo são suspeitos de esquema de tratamento de câncer em pacientes sadios; grupo pode ter desviado R$ 50 milhões – Foto: Divulgação/PC-GO

Postado em: 12-12-2019 às 17h28
Por: Nielton Soares
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Sócios, funcionários do Ingoh e antiga cúpula do Ipasgo são suspeitos de esquema de tratamento de câncer em pacientes sadios; grupo pode ter desviado R$ 50 milhões – Foto: Divulgação/PC-GO

Nielton Soares

Operação Metástase, que mira fraude de R$ 50 milhões de instituto, aprendeu uma aeronave, vários carros de luxo e pelo menos quatro obras de arte, na manhã desta quinta-feira (12), dos suspeitos de fazer parte de um esquema que realizava tratamento de câncer sem necessidade. A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) informou que as apreensões são garantias para possível indenização à vítima e outros custos. 

O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor) cumpriu 19 mandados de busca e apreensão na sede do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh), apontado por receber pagamentos indevidos por aplicação de quimioterapia em pacientes sem o necessário tratamento, levando a morte um deles. 

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A unidade era o principal local da prestação de serviços dessa natureza veiculado ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo). Endereços em Goiânia, Anápolis e Aparecida (entre residências e clínicas) e no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) foram também alvos da operação. 

Cúpula do Ipasgo

Na sala do ex-diretor técnico do Hugo, Romeu Sussumu Kuabara, os policiais apreenderam mídias digitais, computadores, além de documentos. Ele ocupou o cargo de novembro de 2018 até este mês, quando a unidade estava sob gestão da organização social Instituto Haver, ligada ao Ingoh.  Kuabara também já foi diretor do Ipasgo no passado. 

As investigações apontam se tratar de uma organização criminosa que contava com sócios, funcionários do Ingoh e por antigos servidores da alta cúpula do Ipasgo. O caso começou depois de auditoria do plano de saúde dos servidores estaduais, que apresentou irregularidades de pagamentos a prestadores de serviços. 

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