OMS decide interromper estudo com hidroxicloroquina em pacientes internados

Seguindo recomendação de comitê de especialistas, organização assegura que medicamento não reduz mortalidade de pacientes com Covid-19| Foto: Reprodução/ George Frey/ AFP

Postado em: 05-07-2020 às 10h15
Por: Redação
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Seguindo recomendação de comitê de especialistas, organização assegura que medicamento não reduz mortalidade de pacientes com Covid-19| Foto: Reprodução/ George Frey/ AFP

Eduardo Marques

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesse sábado (4) que vai interromper o estudo envolvendo o uso da hidroxicloroquina para tratamento de pacientes internados com o novo coronavírus. A decisão tem como base uma recomendação do Comitê envolvido no Estudo Solidariedade, que foi estabelecido pela OMS na tentativa de encontrar um tratamento eficaz contra a doença. A entidade já havia chegado a interromper os estudos no âmbito do ensaio clínico, mas voltou a realizá-los logo depois.

Os resultados preliminares do estudo mostram que a hidroxicloroquina provoca pouca ou nenhuma redução na mortalidade desses pacientes quando comparados ao atendimento médico padrão. Por isso, a OMS informou que os pesquisadores do grupo vão interromper os estudos de forma imediata.

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Em comunicado divulgado nesse sábado, a OMS afirmou que a decisão se aplica apenas ao Estudo Solidariedade em pacientes hospitalizados, mas não afeta a possível avaliação em outros estudos com pacientes não hospitalizados.

Forças Armadas brasileiras aumentaram estoque

No Brasil, as Forças Armadas produzem o medicamento e aumentaram sua produção a pedido do presidente Bolsonaro.

O Ministério da Defesa informou, recentemente, que já foram produzidos 1,8 milhão de comprimidos de hidroxicloroquina, que estão estocados no Laboratório do Exército brasileiro. O valor representa cerca de 18 vezes a produção anual do medicamento, em anos anteriores. Paralelamente, o governo dos Estados Unidos enviou 2 milhões de doses do remédio ao Brasil. 

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