Servidores públicos e empresários são alvos de investigação da Codego em Goiânia

Segundo a PC-GO, quatro funcionários públicos e quatro empresas suspeitos de crimes contra a administração pública envolvendo venda irregular de terrenos públicos | Foto: Reprodução.

Postado em: 23-10-2020 às 11h53
Por: Nielton Soares
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Segundo a PC-GO, quatro funcionários públicos e quatro empresas suspeitos de crimes contra a administração pública envolvendo venda irregular de terrenos públicos | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Em operação desencadeada pela
Polícia Civil de Goiás (PC-GO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à
Corrupção (Deccor), na manhã desta sexta-feira (23), envolveu 62 policiais
civis, que fizeram busca e apreensão em seis residências, duas empresas
privadas e na estatal Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás –
Codego).

Segundo a polícia, quatro
servidores públicos e quatro empresários são suspeitos da prática dos crimes de
alienação de bem público, associação criminosa, supressão de documento público
e falsidade ideológica.

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As investigações apuram se houve
alienação de dois terrenos públicos localizados no Distrito Agroindustrial
(DAIA) de Anápolis. A suspeita é de que a contração teve dispensa de licitação.
Os policiais apontam que processo administrativo de compra se iniciou em maio
de 2017, ano em que foi definida a reserva da área.

A PC-GO destaque que na época foi
informado pela empresa que seria edificado um centro de distribuição e
logística. E, de que teria sido alterado o tipo de atividade da empresa de
“industrial” para “comercial”. O que possibilitaria a construção de um shopping
no local.

Além disso, a polícia aponta que
há indícios de que haveria um esquema montado por “empresa laranja”
para efetivação do negócio jurídico contratual. Isso tudo, contando com apoio
de funcionários públicos da Codego. Nas buscas desta sexta, os agentes
apreenderam documentos, computadores e eletrônicos que possam subsidiar os
indícios levantados até o momento. O nome da operação faz alusão a um termo em
latim que significa “laranja”.

Sigilo

A assessoria de comunicação da
PC-GO informou que as investigações faz parte de um inquérito sigiloso e em
andamento, “que ainda demanda a análise dos materiais apreendidos em busca de
provas”.

Nota oficial da Codego 

A Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Goiás (Codego) se coloca totalmente à disposição da Polícia Civil,
que cumpriu mandado de busca e apreensão nas dependências da estatal nesta
sexta-feira (23/10) em busca de informações de gestões anteriores.

A atual direção da Codego preza
pela transparência e continuamente vem fortalecendo os seus departamentos de
controle interno e compliance. Aliado a esse trabalho, a companhia investe na
contratação de uma auditoria independente que executará uma ampla revisão dos
procedimentos e contratos anteriores.

A Codego se coloca à disposição
das autoridades para quaisquer esclarecimentos necessários em relação aos fatos
investigados. 

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