Moradora de condomínio de luxo de Goiânia é suspeita de racismo contra entregador

Na ocasião, a moradora enviou mensagens para o estabelecimento pedindo que eles enviassem um entregador branco: “Eu não vou permitir esse macaco” - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Postado em: 27-10-2020 às 09h50
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Moradora de condomínio de luxo de Goiânia é suspeita de racismo contra entregador
Na ocasião, a moradora enviou mensagens para o estabelecimento pedindo que eles enviassem um entregador branco: “Eu não vou permitir esse macaco” - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Igor Afonso

O entregador de uma hamburgueria de Goiânia foi vítima de racismo
no último domingo (25). Na ocasião, a moradora do condomínio Aldeia do Vale
enviou mensagens para o estabelecimento
pedindo que eles enviassem um entregador branco:  “Eu não vou permitir esse macaco”.

Os funcionários da hamburgueria relataram que como não havia
o endereço completo da cliente, entraram em contato para pegar o número da quadra
e do lote. Quando a funcionária pede para que a moradora autorize a entrada do
entregador, ela se recusa.

Continua após a publicidade

“Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, escreveu em
uma mensagem e logo após ela pede para “mandar outro motoboy que seja branco”.
A funcionária então responde que não tolera racismo e que ela não receberia o
pedido, já a cliente responde que “não uso restaurante judaico”.

O nome da cliente não foi divulgado, pois os donos do
estabelecimento esperam que as investigações da Polícia Civil revelem se foi
mesmo a cliente que enviou as mensagem ou se foi outra pessoa com o intuito de
prejudicar a moradora.

“Foi a primeira vez que teve um caso assim. No início
achamos que pudesse ser um trote. Nós ficamos muito sem reação, sem saber como
falar para nosso entregador na porta o que tinha acontecido. Mas a gente acabou
tendo que contar. Ele ficou o resto da noite triste”, disse o dono do
estabelecimento, Éder Leandro Rocha.

Ele afirma que após registrar o caso na polícia, vai
comunicar o caso ao aplicativo de entregas. “A gente só divulgou porque esses
atos não podem ficar impune”, afirmou.

 

Veja Também