Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Sepultamento de advogado executado em escritório acontece na manhã desta quinta (29)

Marcus Aprígio era filho do desembargador Leonbino Valente. Relembre o caso de outro advogado que foi executado também dentro do escritório, em Aruanã | Foto: Reprodução.

Postado em: 29-10-2020 às 09h30
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Sepultamento de advogado executado em escritório acontece na manhã desta quinta (29)
Marcus Aprígio era filho do desembargador Leonbino Valente. Relembre o caso de outro advogado que foi executado também dentro do escritório, em Aruanã | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O sepultamento do corpo do advogado Marcus Aprígio Chaves, executado em
escritório no Setor Aeroporto, acontece na manhã desta quinta-feira (29). O
velório teve início às 7 horas, no Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, em
Goiânia.

O defensor era filho do filho do desembargador Leobino Valente Chaves. E foi executado na tarde de quarta-feira (28) , por volta das 14h30, juntamente
com o colega, também advogado Frank Alessandro Carvalhaes.

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O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) decretou luto oficial de três por
causa da morte do profissional. Entidades de classes, como OAB-GO, lamentaram o
episódio. Assim também, o governador Ronaldo Caiado (DEM) se manifestou pelas
redes socais sobre o caso.

Força tarefa

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) montou uma força tarefa para apurar a
morte dos dois advogados Frank. Por nota, por enquanto, a corporação suspeita que
o crime foi cometido por dois homens e que há um mandante.

A equipe será composta pelo titular da Delegacia de Investigação de
Homicídios, delegado Rilmo Braga, em conjunto com outros quatro delegados. Ao
todo, a força tarefa deve contar com outros 30 policiais civis. Além do apoio
ostensivo da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), do Instituto de Criminalística e
do Instituto de Identificação.

Manifestação

Por nota, Caiado afirmou estar perplexo e triste com a notícia. “É com
perplexidade e imensa tristeza que eu e minha esposa, Gracinha Caiado,
recebemos a notícia do crime que vitimou os advogados Frank Alessandro
Carvalhaes de Assis e Marcus Aprígio Chaves”, escreveu.

Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) repudiou o que chamou  de “crescente escalada de violência contra a advocacia” e cobrando uma
apuração rápida do caso. Assim também, a entidade informou que instruiu o
advogado Edemundo Dias, presidente da Comissão de Acompanhamento das
Investigações de Casos de Violência Praticados Contra Advogados em Goiás, para auxiliar
nas investigações.

“É inaceitável que a advocacia, um serviço indispensável à Justiça e ao
funcionamento do Estado, tenha se tornado uma atividade de risco em pleno
século 21. Ceifar a vida daqueles responsáveis pelo direito de defesa, com
execuções sumárias, é um atentado não só contra a categoria, mas contra o
Estado Democrático de Direito. Condutas medievais, bárbaras e truculentas como
esta devem ser rapidamente investigadas e punidas, para que a cidadania
prevaleça”, cita o texto.

Outro caso Neste ano, um advogado também foi assassinado a tiros dentro do próprio escritório . O caso
aconteceu no dia 6 de fevereiro, em Aruanã, a 314 quilômetros de Goiânia.
Segundo informações preliminares, Hans Brasiel da Silva Chaves, 31 anos, e
recebeu ao menos três tiros, quando estava trabalhando no escritório,
localizado na Rua Agostino Melo, no Centro da cidade. 

Um dia depois, no dia 7, foi preso um homem e um adolescente foi apreendido . À polícia, a dupla
confessou o crime e afirmou ter sido contratada a mando de integrantes de uma
facção criminosa, os quais seriam clientes de Hans.

Porém, investigações levaram à prisão do advogado Adelúcio Lima Melo , que
foi apontado como suspeito de matar o colega de profissão, Hans Brasiel. De
acordo com a polícia, os dois advogados nutriam rixas antigas por disputa de
clientes na região.

E, isso teria ocasionou até, anterior, a tentativa de homicídio contra a
vítima, registrada em 2018. Em que o autor também foi indiciado, porém negou
ter dado ordem para a execução do colega.

 

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