Polícia Civil faz reconstituição do assassinato de advogados, em Goiânia

A diligência serve para a análise da dinâmica do fato, de modo a obstruir dúvidas sobre o acontecimento| Foto: Reprodução/ Polícia Civil

Postado em: 26-11-2020 às 19h15
Por: Redação
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A diligência serve para a análise da dinâmica do fato, de modo a obstruir dúvidas sobre o acontecimento| Foto: Reprodução/ Polícia Civil

A Polícia Civil (PC) realizou na tarde desta quinta-feira (26) a reconstituição do caso dos advogados mortos no dia 28 de outubro deste ano. A reprodução simulada é uma das diligências tomadas pela corporação, para fins da investigação criminal. A diligência serve para a análise da dinâmica do fato, de modo a dirimir dúvidas sobre o acontecimento. O trabalho foi coordenado pelos delegados Rilmo Braga e Rhaniel Almeida, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), e contou com substancial apoio dos peritos criminais, que lavrarão, ao final, laudo técnico.

A reprodução simulada foi feita no escritório de advocacia das duas vítimas, situado na Rua 9-A, Setor Aeroporto, Goiânia, e teve a participação do executor Pedro Henrique Martins. A segurança no local foi reforçada pelos policiais civis da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3), o grupo tático da PCGO, durante a realização do trabalho.

O caso foi investigado por uma força-tarefa composta por 38 policiais civis da Homicídios e prendeu todos os envolvidos, inclusive os intermediários e o mandante. O inquérito deve ser concluído em breve.

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Crime 

O crime aconteceu em 28 de outubro no escritório dos advogados, por volta de 14h30. De acordo com a PC, dois homens agendaram horário e esperaram pelo atendimento. A secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam.

Logo após ser preso no Tocantins, Pedro Henrique Martins, de 25 anos, suspeito de executar os advogados, apresentou a versão de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Para sustentar a tese, os suspeitos teriam levado do escritório R$ 2 mil em dinheiro.

A versão do preso foi derrubada pela investigação, que detectou posteriormente suposta ligação do crime com um fazendeiro que teria perdido a posse de uma fazenda avaliada em R$ 46 milhões, em ação defendida por Marcus e Frank na Justiça de Goiás. Essa tese passou a ser a principal linha da investigação policial.

Investigação

Pedro Henrique Martins, um dos suspeitos, foi preso na casa da namorada, em 30 de outubro, e admitiu ter executado os advogados. Ele estava em Porto Nacional, no Tocantins. Segundo o delegado Rhaniel Almeida, Pedro Henrique atirou nos advogados dentro do escritório. Ao todo, foram quatro tiros: três em uma das vítimas e um em outra. A polícia afirma que Pedro Henrique é um dos maiores matadores de aluguel do Tocantins.

Outro suspeito, Jaberson Gomes, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Tocantins, também em 30 de outubro. Gomes foi a pessoa que ligou, agendou e monitorou a rotina dos advogados em Goiânia.

O fazendeiro Nei Castelli foi preso em Catalão (GO) suspeito de ser o financiador do crime. Para por a ideia em prática, ele teria contratado Cosme Lompa Tavares, que intermediou a contratação de Pedro Henrique e Jaberson Gomes. Caso os suspeitos não fossem presos depois dos homicídios, receberiam R$ 100 mil, e se fossem encontrados e capturados pela polícia, o valor subiria para R$ 500 mil.

Outra pessoa suspeita de envolvimento no crime é Hélica Ribeiro, namorada de Pedro Henrique. Ela foi presa no Tocantins e a polícia investiga se ele recebeu dinheiro em nome do namorado e sabia do crime antes de os suspeitos executá-lo.

 

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