Após pressão da Fifa, os capitães da Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca desistiram de usar a braçadeira “One Love” na Copa do Mundo. De acordo com um comunicado conjunto às federações nesta segunda-feira (21/11), a Fifa afirmou que dará cartão amarelo aos jogadores que usarem a braçadeira multicolorida, utilizada para mostrar solidariedade à comunidade LGBTQI+.

A legilação do Catar, anfitrião da Copa, considera a homossexualidade como uma prática criminosa, passível de uma pena de oito anos de prisão ou até mesmo de morte sob a “sharia”, que funciona junto com a legislação.

O major-general Abdulaziz do Catar Abdullah Al Ansari reforçou, em abril deste ano, que os turistas que visitarem o país para o evento esportivo não devem demonstrar apoio à comunidade LGBTQIA+, nem mesmo levantar bandeiras do arco-íris.

A expectativa era que o capitão da Inglaterra, Harry Kane, usasse a braçadeira na partida de abertura do Grupo B contra o Irã, nesta segunda-feira (21).

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Discurso do presidente da Fifa

No último sábado, um dia antes da abertura da Copa, o presidente da Fifa Gianni Infantino defendeu gays e deficientes durante discurso que ultrapassou 45 minutos.

“Hoje, me sinto catari. Hoje me sinto árabe. Hoje me sinto africano. Hoje me sinto gay. Hoje me sinto deficiente. Hoje me sinto como um sem-teto, hoje me sinto como um trabalhador migrante”, afirmou em entrevista coletiva.

Braçadeira própria

Ainda no comunicado da Fifa, Nesta segunda-feira (21), a Fifa disse que disponibilizou sua própria braçadeira “Sem discriminação”, antes planejada para a fase de quartas de final, para que todos os 32 capitães tenham a oportunidade de usá-la durante o torneio.

De acordo com as regras da Fifa, o uniforme não deve conter slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais e, durante as competições da Fifa, o capitão de cada equipe “precisa usar a braçadeira de capitão fornecida pela Fifa”.