Para conhecer melhor a cidade

Começa hoje a 2ª Mostra de Arte Urbana no Brasil Central com exposições, palestras e apresentações artísticas

Postado em: 13-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Começa hoje a 2ª Mostra de Arte Urbana no Brasil Central com exposições, palestras e apresentações artísticas

José Abrão

Goiás é um Estado culturalmente muito rico. Não só na cultura popular, mas em várias outras vertentes, como na arte contemporânea e de rua. A ideia por trás da Mostra de Arte Urbana no Brasil Central (MAU) é revelar e divulgar toda essa força artística e cultural produzida em Goiás e no centro do país que pouco se vê, pouco se divulga e pouco se comenta. Partindo daí, começa hoje, na Vila Cultural Cora Coralina, a segunda edição da mostra com palestras, apresentações artísticas e exposições que visam fo­men­tar a produção cultural em Goiânia e gerar uma discussão, promovendo debate e unindo e revelando os artistas urbanos.

Outro objetivo do evento é não apenas atrair o público goiani­en­se, mas investir em formação de platéia. Ou seja, a ideia não é que o público somente assista às apresentações, mas se envolva, participe efetivamente do evento. Outro objetivo da Mostra se estende aos próprios artistas, instigando-os a não perderem o fôlego e não desanimarem da produção. Temas como a relação entre artistas, o Estado e as leis de incentivo serão debatidos e trabalhados. A meta é que novos nomes das artes não desistam da carreira artística nem de promoveram seus trabalhos.

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A primeira edição da mostra ocorreu em 2014, em uma das salas do Museu de Arte Contemporânea (MAC), no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Na estreia, o evento teve exposição com mais de 30 artistas integrando o máximo possível de linguagens artísticas urbanas, buscando o máximo possível de diversidade. Como os idealizadores do projeto fizeram questão de destacar, a primeira edição teve um público de dez mil visitantes, muitos deles alunos das redes privada e pública de ensino. A expectativa é superar estes números agora.

O curador da nova edição é Rafael Plai, artista, grafiteiro, designer, tatuador e produtor cultural. Na lista de expositores estão grafiteiros e artistas plásticos de Goiás, São Paulo, Distrito Federal e do Rio de Janeiro. São 17 deles: Bulacha, Aiog, Testa, Ibop, Plai, VHO e Peralta, Kueia, Renato Negrão, Shock Maravilha, Ment, Tarm, Satão, Pomb, Guga Baygon e Snupi. Eles vão homenagear simbolicamente o grafiteiro Testa, um dos pioneiros no estilo em Goiânia. 

Outros artistas vão colaborar com o grupo MAU, composto pelos artistas e designers Anna Carolina Cruz, Suzana Provásio, Maurício Homero, Fernandinho 2 F, Camila Dias, Luiz Felipe de Aguiar, João Paulo (Passa o Rodo) e Alexandre Perini (Obsoleto). Mas a mostra também está cheia de outros colaboradores e produtores culturais que vão dar uma mãozinha e contribuir para o evento.

“Tem artista visual, performer, gente que faz intervenção. Deixamos os artistas muito à vontade, com projetos muito abertos. A maioria deles é de grafiteiros, mas tem de tudo. Queríamos incluir mais estilos, dos mais variados”, conta o idealizador do projeto, Sandro Tôrres. Ele falou sobre a presença grande do grafite e da homenagem simbólica ao Testa. “É a vertente mais forte, mais assimilada. Toda arte urbana dialoga de alguma forma com o grafite, é um estilo pioneiro”.

Entre os parceiros do projeto incluem-se o coletivo Sobre Urbana com a instalação de palets na esplanada; a Ambiente Skate Wear com a instalação de obstáculos decorativos de skate dentro da Vila; a Monstro Discos com as apresentações musicais; o Centro de Referência da Juventude (CRJ) e La Sociedad, responsáveis pela escolha de algumas atrações de expressões urbanas; a Upoint (Beco da Codorna) que comandará ações paralelas à Mostra, além dos músicos e grupos MC Murcego, Erotori, Boca Seca, cantores solo e instrumentistas e mais uma série de atividades cênicas e de letras compõem as ações dentro dos 45 dias da Mostra. 

O evento está com uma agenda de palestrantes ainda não fechada, mas que vai discutir arte e urbanismo. Até agora, já estão confirmados Anamaria Diniz, , Dirceu Trindade, Fernando Simon, Ma­ria Ester de Souza, Mauro Souza, Bráulio Ferreira, todos da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e a vereadora Cristina Lopes Afonso. “A preocupação que a gente teve foi de reunir alguns representantes de arquitetura e urbanismo aos artistas, tentando dar uma pegada mais politizada. Vamos dialogar com quem está pensando na cidade, em ocupação, em uso do espaço público”, disse Tôrres.

A abertura está marcada para as 16h de hoje, com apresentação de break com os grupos convidados do Centro de Referência da Juventude (CRJ); performance Partida do Sensível com o artista mineiro Renato Negrão; apresentação performática com o palhaço Bulacha e convidados; e show com o MC Murcego e grupo Erotori, de Pirenópolis.

                                                         

CRONOGRAMA DA MOSTRA

Hoje (13) – Abertura oficial – 16h – Vila Cultural Cora Coralina 

– Instalação do Coletivo Sobre Urbana (GO)

– Performance Partida do Sensível, com Renato Negrão (MG)

– Performance com Bulacha e Convidados 

– Mostra de break (grupos CRJ)

– Show MC Murcego e Erotori

21 de fevereiro – Domingo no Parque – Parque Flamboyant – 16h

– Acroyoga

– Atividade com tecido

27 de fevereiro (sábado) – Bomb Combate – 16h – Beco da Codorna 

– Premiação do Campeonato de Bomb com show do Boca Seca – Vila Cultural Cora Coralina

5 e 6 de março (sábado e domingo) – Bazar do MAU– 10h às 20h – Vila Cultural Cora Coralina – Bazar com peças artísticas do MAU e convidados

– Exposição de bikes customizadas

– Serigrafia “Passa o Rodo”

12 de março (sábado) – Sarau do MAU – 16h – Vila Cultural Cora Coralina 

– Atividades de letras e cênicas

– Batalha do conhecimento

– Rap

13 de março (domingo) – Família Flashback e Sociedade Black – 16h – Vila Cultural Cora Coralina 

 

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