‘Estúdio Móvel’ mescla a arte clássica com a popular, hoje, na TV Brasil
O tempo em que a arte popular não podia se misturar à clássica já ficou para trás. Hoje, a combinação serve para
Por: Sheyla Sousa
![Imagem Ilustrando a Notícia: ‘Estúdio Móvel’ mescla a arte clássica com a popular, hoje, na TV Brasil](https://ohoje.com/public/imagens/fotos/amp/8bb6761f5d21b2fbc4d2d6c97a7bdf39.jpg)
O tempo em que a arte popular não podia se misturar à clássica já ficou para trás. Hoje, a combinação serve para enriquecer ambas, segundo os convidados do Estúdio Móvel de hoje, às 19h30, na TV Brasil. O programa investiga o que une o clássico e o popular nas mais diversas expressões artísticas.
No senso comum, quando se fala em popular, as pessoas pensam no que todo mundo gosta ou conhece, enquanto o clássico ficou na história como referência e modelo. A apresentadora Liliane Reis quebra esse paradigma e entrevista artistas que tem vontade de mesclar o clássico e o popular em suas obras. A coreógrafa Claudia Mota transita do carnaval para o balé enquanto Ravi Landim mistura violão popular e violão clássico. Já a Orquestra Ouro Preto traz os Beatles e a MPB para a sinfonia clássica.
No estúdio da emissora, Liliane Reis recebe Claudia Mota, primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que fez a performance da comissão de frente da escola de samba Império Serrano no carnaval carioca deste ano. “Apesar de serem duas artes diferentes, é a primeira vez que venho falar sobre elas ao mesmo tempo”, revela a artista, reconhecida com uma das maiores bailarinas da América Latina. “O balé cria uma necessidade. A gente pode estar exausto, com dores musculares, mas o amor e a paixão fazem você estar lá de qualquer jeito”, conta.
Ao mesmo tempo em que dança o balé clássico, ela tem também uma grande aproximação com o samba. Este ano, Claudia foi a coreógrafa do desfile da comissão de frente do Império Serrano. Na bagagem, além dessa experiência, já passou por outras agremiações da folia. Ela explica para Liliane Reis como leva a influência de um trabalho para o outro. “O carnaval é mais instantâneo. Você tem relativamente pouco tempo para ensaiar e resolver na avenida. O balé você estudou a vida inteira. Cada vez que você entra em cena é um sonho que se realiza”, opina.
A Orquestra Ouro Preto toca músicas populares com instrumentos clássicos. No repertório do maestro Rodrigo Toffolo, tem de Alceu Valença a Beatles. Já o violinista Ravi Landim estudou violão clássico e resolveu juntar tudo na sua música: o estilo erudito com a herança da família e o contexto da terra natal para criar uma atmosfera diferente nos ritmos nordestinos.