Biquini Cavadão e Emmerson Nogueira fazem show hoje em Goiânia

O show, que mistura o rock nacional do Biquini Cavadão com os regastes internacionais de Emmerson Nogueira, tem o romantismo e o amor como principal temática

Postado em: 11-06-2016 às 10h00
Por: Sheyla Sousa
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O show, que mistura o rock nacional do Biquini Cavadão com os regastes internacionais de Emmerson Nogueira, tem o romantismo e o amor como principal temática

Elisama Ximenes

Tem música que nunca sai de moda. Tem banda que sempre vai fazer parte do repertório de casais – dos mais jovens aos mais velhos. Banda de 1985, mas que nunca fica ultrapassada, Biquini Cavadão se apresenta hoje em Goiânia. O nome foi ideia do vocalista do Paralamas do Sucesso, Hebert Vianna, que zombou sobre as bandas da época que “só queriam andar de biquíni cavadão na praia”. A banda gostou da ideia e o nome pegou. Antes deles, o cantor Emmerson Nogueira, mais conhecido por suas interpretações, faz um show acústico. O vocalista do Biquini, Bruno Gouveia, adianta que o show será marcado por canções do álbum Me Leve Sem Destino – além de músicas de todas as fases da banda. Emmerson também adianta que seu repertório passeia por quase todos os álbuns que gravou até hoje.

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O show, que mistura o rock nacional do Biquini Cavadão com os regastes internacionais de Emmerson Nogueira, tem o romantismo e o amor como principal temática. A banda de Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores da Cunha (teclados), Carlos Coelho (guitarra) e Álvaro Birita (bateria) completa 31 anos e volta a Goiânia, onde gravaram o último DVD, no ano passado. Já Emmerson chega à Capital com a turnê 15 Anos de Estrada, Amigos e Canções, em que gravou sucessos do pop rock internacional, em releituras que misturam violões e vocais. O vocalista do Biquini e o cantor Emmerson Nogueira concederam entrevista ao Essência sobre a apresentação em Goiânia.

SERVIÇO

Show Dia dos Namorados: Biquini Cavadão e Emmerson Nogueira

Onde: Atlanta Music Hall

Horário: 22h

Pontos de vendas: Rival Calçados; Tribo Restaurante; Boteco Posto 15; Officina Cervejaria; Ingressos Online – www.bilheteriadigital.com/atlanta  

Entrevista Bruno Gouveia 

Com 31 anos de carreira, vocês consideram que a banda passou por grandes mudanças?

Como banda, nossa maior mudança aconteceu em 2000 quando, de quinteto, passamos a quarteto. Por outro lado, acompanhamos as diversas mudanças na música como um todo. Surgimos com um compacto de vinil (extinto), gravamos LPs e Fitas K7 (extinto), vimos a transformação para o CD, a volta do vinil e a ascensão da música digital. Neste momento, acompanhamos, com interesse, o crescimento do streaming de áudio como forma de se ouvir música; como exemplos, temos o Deezer e o Spotify. O que vai acontecer depois não sabemos, mas saberemos nos adaptar. 

Por que o nome Biquini Cavadão?

Foi uma sugestão do Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso. Na época, muitos grupos tinham nomes esquisitos. E acho que isso é legal, pois tira a ideia de que um livro possa ser julgado pela capa. Ou uma banda apenas pelo nome (risos).

Quando vocês compuseram Tédio, a primeira música, imaginavam que virariam a banda de referência nacional, que são hoje?

De jeito algum. Tinhamos 18 anos e poucas ambições. Quando tocamos esta música hoje, nos shows, um filme se passa em nossas cabeças. Pensar que tudo começou assim, né? 

Hebert Viana e Carlos Beni, ex-Kid Abelha, fizeram parte do começo da história da banda. Como é a relação do Biquini com os Paralamas e o Kid Abelha?

Carlos Beni e Herbert foram apresentados a nós pelo Sheik, ex-baixista da banda. No início, era apenas uma relação de amizade. Mas eles souberam e valorizaram aquilo que estávamos fazendo, talvez até mais que nós mesmos no início. Temos uma grande admiração e dívida impagável com os dois. 

A música de vocês ultrapassa gerações e conquista até os mais jovens. A que vocês creditam isso?

Acreditamos que nossas músicas tornaram-se atemporais; foram passadas de pais para filhos, tios para sobrinhos, primos mais velhos e amigos entre si. Mas sabemos que os jovens, realmente, se empolgam após assistir ao show, que continua muito para cima. E só temos a agradecer a todos que nos apresentaram a outras gerações. 

As músicas de vocês, com certeza, já inspiraram muitos relacionamentos. Como é tocar para os namorados?

Realmente. Temos muitas canções que já foram usadas para começar namoros, como Timidez, Quando Eu Te Encontrar e Roda-Gigante. Será uma noite muito especial, tenho certeza. Em todo show, ao atender os fãs, ouvimos deles lindas histórias de como seus relacionamentos começaram ao som de nossas músicas. Isso não tem preço.

Quais são as canções mais pedidas pelos fãs?

Graças a Deus, muitas, dentre elas, Vento Ventania, Zé Ninguém, Quando Eu Te Encontrar, Roda-Gigante e Janaína.

A canção Dani, de grande sucesso, foi inspirada em alguma história real?

Dani era hostess de um bar. E Coelho, nosso guitarrista, estava lá com Manno Góes, da banda Jammil. Eles decidiram fazer uma música e pediram o nome para a atendente. Dani, ela respondeu. E ali começaram a escrever os versos: “dane-se a hora, se é cedo se é tarde”, pois o expediente dela tinha acabado e ela queria ir logo embora. “Dane-se a capa, a foto, o encarte”, pois estavam vendo o que seria a capa do disco do Jammil. “Dane-se Caprio, De Niro e Monroe”, porque ela estava com uma camiseta da Marilyn, e por aí vai (risos).

O show deste sábado vai trazer mais músicas antigas, para investir na nostalgia romântica, ou vocês pretendem mesclar isso?

Será o show do nosso DVD Me Leve Sem Destino,  gravado em Goiânia, e tocaremos músicas de todas as nossas fases, sem distinção.

Vocês já gravaram um DVD em Goiânia e fizeram outros shows também. Para vocês, como é se apresentar na Capital de Goiás?

É sempre um prazer tocar em Goiânia. Não por menos, decidimos gravar o DVD na cidade. A energia do público é ótima. Depois que lançamos o DVD, viajamos o país todo. Já estava na hora de coltarmos. 

Entrevista Emmerson Nogueira 

Vi que você já tentou carreira de desenhista antes de mergulhar na música. Você ainda desenha por hobby? E o que fez ir do desenho à música?

Sempre gostei de desenhar, mas a música entrou na minha vida quando eu tinha 14 anos e, naturalmente, a dedicação pelo violão começou a ser maior. Acabei deixando de lado o sonho de ser desenhista profissional, mas ainda gosto de desenhar para relaxar e passar o tempo. 

Você considera que a sua carreira emplacou mais com músicas autorais ou com interpretações?

Com certeza, minha carreira existe por conta das interpretações de músicas já conhecidas pelo público. Eu lancei um disco autoral em 2013, mas foi a série Versão Acústica com os clássicos internacionais que realmente alavancou minha carreira. Até hoje, prefiro me dedicar às interpretações e releituras.

Como você escolhe os artistas e canções dos quais fará releituras?

Na verdade, os artistas e as músicas são escolhidos de acordo com o projeto. Normalmente, eu gosto de tocar uma determinada música que já está pré-selecionada para o repertório e sentir como ela vai ficar com a releitura. Ao final, eu decido por aquelas que se encaixam melhor na minha voz e também no estilo que quero seguir no álbum.

Qual o impacto que tem uma música em versão acústica para um show em homenagem ao Dia dos Namorados?

Lancei o primeiro álbum acústico em 2001. Minhas apresentações ao vivo sempre foram extremamente direcionadas para os instrumentos acústicos com muitos violões, mas sempre com a banda completa. Eu acho que a música sempre toca na alma das pessoas independentemente da ocasião e do estilo. Acredito que, no Dia dos Namorados, pode ser ainda mais forte por conta de todo o romantismo que envolve esse dia.

O seu show de hoje terá clássicos como Hotel California e Wish You Where Here. Além delas, você pretende cantar alguma música dos anos mais recentes?

O repertório do show faz um passeio por quase todos os álbuns que gravei até hoje, e os clássicos mais antigos dominam a maior parte da apresentação.

Qual sua expectativa para o show deste sábado em Goiânia?

Já faz algum tempo do último show que fizemos em Goiânia, portanto minha expectativa é a melhor possível! Não tenho dúvidas de que será uma noite incrível para todos nós! 

 

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