‘Rogue One: Uma História Star Wars’ estreia cercado de expectativas

Contando uma história anterior aos demais filmes, ‘o filme chega aos cinemas brasileiros amanhã (15)

Postado em: 14-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Contando uma história anterior aos demais filmes, ‘o filme chega aos cinemas brasileiros amanhã (15)

Júnior Bueno

Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, George Lucas re­inventou a matinê, salvou Hollywood e, de quebra, criou um universo fantástico que cativou todas as gerações que se se­guiram. Desde então, seu público – grande parte formada por nerds que se sentiam inadequados no mundo, tanto quanto o próprio Lucas – nunca mais esteve sozinho. E é por isso que qualquer coisa que envolva a saga é garantia de lucro, já que Star Wars, mesmo nos episódios menos inspirados da segunda trilogia, movimenta o mundo ao seu redor. 

Rogue One: uma História Star Wars, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (15), é o primeiro filme da saga que se passa fora da cronologia principal. Assim como o filme que irá contar a história de Han Solo, que tem lançamento previsto para 2018, este também se trata de um ‘prequel’, ou seja, um filme que contará eventos que ocorrem antes da obra original.

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Quando George Lucas anunciou que voltaria com Star Wars nos anos 90 depois do sucesso que a trilogia clássica alcançou, os fãs ficaram histéricos. Como na época não existia internet como hoje, muitas pessoas pagavam um ingresso de cinema de um filme qualquer só para assistir ao trailer de Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma e logo depois deixavam a sala de cinema, só para se ter ideia do tamanho do hype.

Como se sabe, os três filmes de Star Wars lançados a partir de 1999 – Episódio I: Ameaça Fantasma, Episódio II: O Ataque dos Clones e Episódio III: A Vingança dos Sith – se passam em uma época anterior dos três primeiros (episódios IV, V e VI) lançados no fim da década de 70 e início da década de 80, não foram exatamente o que se esperava. Com toda a tecnologia disponível e com um universo vasto em mãos, o criativo George Lucas não conseguiu replicar a fórmula do sucesso dos primeiros filmes.

Essa ‘perturbação na força’, que foi mais que uma ‘ameaça fantasma’, assombrou a franquia mais rentável de todos os tempos até o lançamento de Star Wars: O Despertar da Força. O sucesso do filme recuperou não só a confiança em Star Wars, como trouxe uma nova legião de fãs. Apesar do otimismo, resta a dúvida se Rogue One será um excelente filme ou terá o mesmo destino dos primeiros prequels.

Então, o que esperar de Rogue One? Apesar do elenco principal não ter nenhum personagem já conhecido e consagrado  – até onde se sabe– como Luke, Leia, Han Solo e Chewie, o filme tem ótimos atores. Felicity Jones, a protagonista do filme, já foi indicada ao Oscar; Forest Whitaker até já tem uma estatueta dourada.

A ação de Rogue One também ganha uma faceta inédita com a escalação de DonnieYen, astro chinês de filmes de artes marciais. O novo filme não tem Jedis, mas o monge guerreiro Chirrutîmwe garante cenas de coreografias incríveis, poucos cortes e muita vibração – um nível de combate corpo-a-corpo que Star Wars ainda não tinha visto.

Além do elenco premiado, no lado dos heróis o filme traz o maior vilão de toda a história do cinema nesse filme. Darth Vader, em pessoa e com a voz marcante de James Earl Jones, estará em Rogue One (quer motivo melhor para ir ao cinema?).Outro fator positivo é o fato de que a Disney já mostrou que pode e sabe cuidar bem de Star Wars. O Episódio VII foi uma prova disso e garantiu que, daqui pra frente, os filmes da saga serão feitos com cuidado e uma produção excelente.

Na semana passada, durante a première do filme, algumas pessoas o assistiram e as primeiras reações foram as mais positivas possíveis, o que já é um alívio imenso. Teve gente que falou até que esse filme está no mesmo nível de O Império Contra-Ataca, para se ter ideia. Segundo o portal G1, a fantasia e os superpoderes de Star Wars saem um pouco de cena em Rogue One, e abrem espaço para um filme que acontece diretamente no campo de batalha. Seja mostrando de perto os tiroteios e explosões no cenário tropical do novo planeta Sarif, seja acompanhando com intensidade e câmera tremida uma emboscada contra o Império numa cidade que lembra muito o Iraque.

O tom de sacrifício, de missão impossível, é maior, evocando não só imagens, mas emoções de filmes como Guerra ao Terror, O Resgate do Soldado Ryan e Falcão Negro em Perigo.Os novos DeathTroopers são um bom exemplo. “Virou piada, mas os StormTroopers não têm uma mira muito boa. Por isso, queríamos uma ameaça que fosse capaz de dar essa sensação que podia te matar. Fomos atrás de caras altos, como jogadores de basquete. Eles são a tropa de elite do Império”, afirmou o diretor Gareth Edwards na première do longa.

Esse trânsito com leveza entre o moral e o imoral é visto até no dróide K-2SO. É inevitável que cada geração tenha seu robô de estimação, e o de Rogue One tem o charme e o bom humor de um C-3PO, mas ao mesmo tempo é uma máquina de matar do Império reprogramada para ajudar os rebeldes.

 

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