Só deu Netflix

Natália Moura

A pesar de pouco produzidas no Brasil, as séries fazem muito sucesso entre os brasileiros. Entre elas, a maioria de origem estadunidense. Com os avanços das plataformas digitais, as séries só ficaram mais populares. Principalmente entre os internautas, que usam as redes sociais como plataformas de discussão das tramas e dos personagens. Por isso na restrospectiva do ano, não poderia faltar espaço para elas: as séries que nos contagiaram e mexeram com nossos corações em 2016.

Stranger Things (Netflix) – Talvez a estreia que mais marcou o ano, Stranger Things conta a história de Will Byers (Noah Schnapp), um garoto que desaparece misteriosamente. Enquanto a polícia, a família e os amigos procuram respostas, eles acabam mergulhando em um extraordinário mistério, envolvendo um experimento secreto do Governo, forças sobrenaturais e Eleven (Millie Bobby Brown), uma garota estranha. A série conquistou diversos públicos, mesmo com o elenco principal formado por crianças. A primeira temporada foi lançada em julho e tem oito episódios, a Netflix já confirmou a segunda temporada para a alegria dos fãs. 

Gilmore Girls: Um Ano Para Recordar (Netflix) – Nove anos depois da última temporada de Gilmore Girls, a Netflix lançou neste ano um revival da série. Foram produzidos quatro novos episódios (cada um com 90min) da série queridinha dos anos 2000. Pouco após o anúncio da nova temporada, diversos fãs da série começaram a “ressucitar” a trama e realmente deram uma nova vida as garotas Gilmore. Na nova temporada, a relação de Lorelai (Lauren Graham) com Luke (Scott Patterson) está em uma pausa desconcertante e a carreira jornalística de Rory (Alexis Bledel) parou antes mesmo de começar. Já a matriarca Gilmore, Emily (Kelly Bishop) teve seu mundo virado de cabeça para baixo após a morte de Richard (Edward Herrmann).

Justiça (Globo) – A minissérie brasileira trouxe para a TV um formato diferente, cada episódio era narrado pelo ponto de vista de um dos personagens. Justiça foi um grande sucesso de audiência, tanto pela plataforma streaming da Globo, quanto pela televisão. A série também rompeu o monopólio Rio-São Paulo e foi gravada em Recife com cenários maravilhosos, e não possui protagonistas definidos. Na trama diversas histórias paralelas se cruzam, todas elas giram em torno de um crime diferente e de um personagem que busca justiça pelas próprias mãos. 

3%  (Netflix) – A primeira série brasileira da Netflix chegou em meio a críticas e elogios. 3% se passa em um futuro pós-apocalíptico não muito distante, onde o planeta é um lugar devastado. O Continente é uma região do Brasil miserável, decadente e escassa de recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão recebe a chance de passar pelo Processo, uma rigorosa seleção de provas físicas, morais e psicológicas que oferece a chance de ascender ao Maralto, uma região onde tudo é abundante e as oportunidades de vida são extensas. Entretanto, somente 3% dos inscritos chegarão até lá.

Black Mirror (Netflix) – Mesmo não tendo estreado neste ano, nele com certeza foi quando a série futurística teve mais destaque. Principalmente pelo episódio 1 de sua terceira temporada, Nosedive (Queda Livre em português), que fez muito sucesso entre internautas e gerou muitos comentários em redes sociais. Black Mirror explora sensações do mal-estar contemporâneo em todos seus episódios. Cada um conta uma história diferente, traçando uma antologia que mostra o lado negro da vida atrelada à tecnologia. 

How to Get Away with Murder (ABC) – Lançada em 2014, a série protagonizada pela atriz Viola Davis (Annalise Keating) é um sucesso mundial. Em sua terceira temporada não foi diferente. a série provocou diversos debates entre fãs nas redes sociais durante o ano todo. A série conta a história de Michaela (Aja Naomi King), Wes (Alfred Enoch), Laurel (Karla Souza), Connor (Jack Falahee) e Asher (Matt McGorry),  ambiciosos calouros de direito da prestigiada academia East Coast Law School, onde apenas os melhores alunos podem participar de casos reais. Eles competem entre si para conseguir a atenção da carismática e sedutora Professora Annalise Keating na aula de Direito Criminal 1, também conhecida como “Como se 

livrar de um assassinato”.

Westworld (HBO) – Outra grande estreia do ano, Westworld se passa em um parque temático futurístico para adultos, dedicado à diversão dos ricos. Um espaço que reproduz o velho oeste, povoado por andróides – os anfitriões –, programados pelo diretor executivo do parque, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins), para acreditarem que são humanos e vivem no mundo real. Lá, os clientes podem fazer o que quiserem, sem obedecer a regras ou leis. No entanto, quando uma atualização no sistema das máquinas dá errado, os seus comportamentos começam a sugerir uma nova ameaça, à medida que a consciência artificial dá origem à ‘evolução do pecado’. A HBO já anunciou a renovação de Westworld para a segunda temporada, que será lançada em 2018. 

The Get Down (Netflix) – Outra grande estreia da Netflix em 2016, The Get Down possui seis episódios e terá mais seis lançados ainda neste ano. Ambientada em Nova York durante o ano de 1977, a serie conta a história de como, à beira das ruínas e da falência, a grande metrópole deu origem a um novo movimento musical no Bronx, focado nos jovens negros e de minorias que são marginalizados. Entre a ascenção do hip-hop e os últimos dias da Disco Music, a história se costura ao redor das vidas dos moradores do Bronx e de sua relação com arte, música, dança, latas de spray, política e Manhattan. 

Narcos (Netflix) – A segunda temporada de Narcos, composta por 10 episódios mostra a captura de Pablo Escobar (Wagner Moura). A série, uma co-produção, entre Brasil e Colômbia e retrata a história de ascensão dele de um criminoso comum para um dos homens mais perigosos, procurados e ricos do mundo.

The Crown (Netflix) – Com 10 episódios The Crown é uma série biográfica da família real inglesa. A série é focada nas audiências semanais realizadas entre a rainha Elizabeth II e os primeiros-ministros ingleses, de 1952 até os dias de hoje. The Crown foi o drama mais caro produzido pela Netflix, que prevê produzir ao menos 60 episódios da série. 

 Foto: divulgação