Verão requer cuidado com a pele dos bichinhos

Não são apenas os humanos que sofrem com as ações solares

Postado em: 05-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Verão requer cuidado com a pele dos bichinhos
Não são apenas os humanos que sofrem com as ações solares

Elisama Ximenes

Que estamos no verão, todos já sabem. Que é para se proteger do sol e se preocupar ainda mais com ele, todo mundo sabe e as propagandas de protetor e do Ministério da Saúde fazem questão de nos lembrar disso. Assim evita-se que alguém da família se esqueça de sair de casa sem algum tipo de proteção. Mas e o membro da família que anda sobre quatro patas? Ele também precisa de proteção ou a sua natureza cumpre esse papel? Bem, para entender isso, a veterinária da área da Dermatologia Bárbara Hess explica sobre como lidar com o pet no verão e com as altas incidências solares sobre sua pele.

De acordo com a veterinária, inicialmente, a principal recomendação é de que os animais não sejam expostos ao sol nos horários em que os raios agem mais fortemente, ou seja, entre 10h e 16h. Mas, como isso pode ser inevitável, ela recomenda que se procure meios de protegê-lo do sol, já que, como nos humanos, os raios UVA e UVB podem causar danos à saúde do bichinho de estimação. “A atenção à proteção solar dos pets deve ser voltada, principalmente, aos que têm pelos mais claros, porque pode significar que têm menos melanina e, assim, correm mais risco de queimaduras”, destaca.

Continua após a publicidade

Assim como para os humanos, existe um protetor solar veterinário, ou seja, que é voltado para a pele dos animais. Mas, conforme explica Bárbara, ele pode não ser tão eficiente, porque pode não penetrar totalmente na pele por causa dos pêlos. “A sua aplicação, então, deve ser voltada mais para as áreas do corpo que quase não têm pelugem como a região do focinho e da barriga”, explica. Além disso, pode-se optar pelo uso de roupinhas quando o animal tiver que ser exposto a um período do dia em que a incidência solar é mais forte. Elas também ajudam a protegê-los.

Mais que evitar a exposição, é essencial que se matenha e intensifique a hidratação do animal, tanto exterior quanto interior. Para hidratar a pele, pode-se recorrer a produtos veterinários, como shampoos e condicionadores hidratantes, além de sprays e loções que também cumprem essa função. No caso da hidratação interna, o jeito é estar sempre atenta ao abastecimento de água do animal. Se ele for um pet que não toma muita iniciativa de beber, pode-se criar estratégias como colocar um gelinho na água. “Mas também não pode exagerar, muita água pode trazer problemas aos cães e gatos”, lembra.

Se o animal tiver a pele muito exposta ao sol à pino, pode estar submetido a riscos sérios à sua saúde. O mais grave deles é o câncer de pele. “Antes disso, podem aparecer feridas e as camadas da pele podem sofrer modificações”, explica a veterinária. Ela atenta também para o fato de que essas feridas podem ser provenientes de outras coisas, além de queimaduras. Para não correr o risco de tratar as feridas precipitadamente, o ideal é que se procure um profissional assim que as feridas forem notadas e, com exames, eles irão diagnosticar o que provocou a alteração na pele, para, então, partir para o tratamento adequado.

 

Veja Também