Dermatologista explica como evitar e combater o chulé

Entenda como funciona o mau cheiro nos pés e saiba como prevenir e tratar

Postado em: 24-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Entenda como funciona o mau cheiro nos pés e saiba como prevenir e tratar

Elisama Ximenes

Sudorese é uma palavra esquisita, mas trata-se do suor excessivo que provoca o aparecimento daquele odor nos pés: o chulé. As altas temperaturas desta época do ano fazem com que a transpiração se potencialize e o odor nos pés aumente. O que ocorre é que fungos e bactérias agem na queratina amassada pelo suor, nos pés, gerando subprodutos que geram mau cheiro. A questão que fica é sobre como, afinal de contas, evitar constrangimentos pelo odor que ocorre naturalmente e por uma reação do organismo ao tempo. Dermatologistas, portanto, dão dicas de como prevenir os pés do chulé e poupar as outras pessoas do mau cheiro quando é preciso tirar os sapatos. 

A principal dica, segundo o médico dermatologista Luciano Morgado, da  Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é cuidar da higienização dos pés. A recomendação parece óbvia, mas muita gente se esquece de detalhes importantes no processo de limpeza. É preciso, por exemplo, atentar-se à higiene entre os dedos, onde pode-se acumular uma maior quantidade de sudorese, e, além disso, secar bem os pés. A umidade na região, somada às altas temperaturas, pode ser uma grande aliada do excesso de suor, porque torna o ambiente propício para o aparecimento de fungos. Para quem não consegue sentir os resultados somente com a higienização atenta, o dermatologista recomenda a utilização de sprays e talcos antissépticos. Eles podem ser aplicados tanto nas meias como nos sapatos. 

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Com relação aos acessórios, recomenda-se que as meias sejam de algodão e trocadas diariamente. A preferência por esse material deve-se ao fato de que o algodão absorve melhor o suor. Outros materiais – como borracha, plástico, poliéster e nylon – acabam aumentando a transpiração por absorverem mais calor. “Importante também fazer um rodízio nos calçados, deixando-os um pouco expostos ao sol, de forma a diminuir a umidade e evitar a proliferação de fungos e bactérias. Quando possível, deixar os pés arejados e com calçados abertos também ajuda”, orienta o dermatologista.

Para o tratamento, podem ser utilizados medicamentos antitranspirantes que atuem na diminuição da quantidade de suor nos pés – prescritos por um dermatologista.  “Além disso, também podem ser prescritas fórmulas com ativos antifúngicos e antibacterianos – como o miconazol, clotrimazol, isoconazol, eritromicina e clindamicina. Talcos antissépticos específicos para os pés também podem ser benéficos por absorverem a umidade e inibirem a proliferação de bactérias e fungos”, explica. Pode-se usar o talco comum, mas Luciano recomenda os específicos por terem compostos antifúngicos e antitranspirantes. 

O chulé é indiscriminatório e pode surgir em qualquer pessoa, independente de idade, gênero ou tipo de pele. Entretanto a incidência em homens pode ser maior por causa da testosterona. O dermatologista explica que a testosterona é um hormônio que aumenta o metabolismo e, assim, aumenta a produção de sudorese. E, como já foi falado, ela é a principal aliada do chulé. Por esse mesmo motivo, o mau cheiro nos pés pode se potencializar na fase da puberdade. É nessa época que o corpo começa a ser bombardeado por hormônios e o mesmo processo ocorre. Apesar disso, ele reforça que o odor nos pés pode atingir qualquer pessoa.  

 

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