Trilhas sonoras embalam o papo no ‘Estúdio Móvel’ nesta terça (31)

“A trilha coloca a cena em um caminho e conduz o espectador por uma trajetória de ideias”, define Ricco Viana

Postado em: 31-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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“A trilha coloca a cena em um caminho e conduz o espectador por uma trajetória de ideias”, define Ricco Viana

O programa Estúdio Móvel discute a produção de trilhas sonoras para jogos eletrônicos, teatro, cinema e televisão nesta terça (31), às 17h30, na TV Brasil. Para conversar sobre as várias possibilidades de criação, a apresentadora Liliane Reis entrevista os compositores Ricco Viana e Rafael Langoni. Filmes, peças e partidas de game em geral têm um som próprio que ambienta as cenas ao transmitir ideias e estimular sensações. O compositor de trilhas sonoras confere dimensão e densidade às interações com os diversos públicos.

“A trilha coloca a cena em um caminho e conduz o espectador por uma trajetória de ideias”, define Ricco. Pernambucano radicado no Rio, ele dá o tom do programa ao ressaltar os conflitos, os sentimentos e as ações dos personagens da Companhia Armazém de Teatro. Com uma trilha sonora feita especialmente para cada espetáculo, pensada cena a cena, Ricco enriquece as peças do grupo. Em seu estúdio, o artista destaca para Liliane Reis as características dessa produção para os palcos e telonas. “No teatro, você acompanha os ensaios, vê o diretor levantando uma cena no silêncio. Depois você compõe a trilha”, ensina.

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Ricco assinala a peculiaridade desse trabalho quando voltado para a sétima arte. “No cinema, você tem uma série de ideias de sonoridade ao ler o roteiro. A criação da trilha já começa antes, pois às vezes o diretor precisa de um som parafilmar”, explica.

O produtor pernambucano também comenta as trilhas que ele desenvolve para algumas artistas. O compositor fala sobre os projetos que fez com cantoras-atrizes como Clarice Falcão, Laila Garin e Simone Mazzer.

“A Clarice tem uma forma de compor própria, ela gosta de contextualizar, contar histórias e as interpreta muito bem. Então cada arranjo que a gente faz tem significado, quer dizer algo”, conta. “A Laila é uma grande atriz e cantora. Brilhou como Elis Regina no teatro há pouco tempo. A gente faz um trabalho, junto, em que ela tem uma experência no palco como cantora. Ali, é a Laila mesmo, e não um personagem”, exemplifica.

Já Rafael Langoni tem uma especialização interessante: cria tilhas para games. Ele juntou sua paixão por música e por jogos em tempo integral. “É um processo que envolve conhecer o jogo e sentir o que está faltando ali”, afirma o produtor musical.

“O clima da narrativa é importantíssimo, mas depende do game. Nos mais modernos, a música acompanha de perto a ação. Ela pode ser interativa e troca a faixa em fade quando o personagem passa de determinado ponto que o jogador nem percebe”, revela.

Durante a entrevista para Liliane Reis no estúdio da TV Brasil, o produtor musical conta que também compõe para filmes e peças, além de fazer arranjos para novelas e programas de televisão. “Muda bastante, mas há algo em comum em tudo isso que vem da minha formação. Esse ato de compor é muito natural para mim. A principal diferença é o tipo de situação que você lida a e flexibilidade daquele trabalho”, explica Langoni.

Rafael fez a trilha sonora para a peça O Camareiro, espetáculo protagonizado pelo ator Tarcísio Meira com direção de Ulysses Cruz. Ele conta como foi essa experiência intensa que vivenciou.

SERVIÇO

‘Estúdio Móvel’, terça-feira (31), às 17h30, na TV Brasil 

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