Chegada do inverno pede mais cuidados com os pets

Baixas temperaturas podem trazer problemas à saúde dos animais

Postado em: 29-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Baixas temperaturas podem trazer problemas à saúde dos animais

Amanda Cunha

O inverno chegou, e, por mais que a região Centro-Oeste do Brasil não sofra com temperaturas tão baixas nesta estação, é importante dar uma atenção diferenciada aos animais. Eles sentem frio assim como nós – principalmente nessa época do ano. Os cães têm um metabolismo que mantém a temperatura corporal interna, mas o frio pode, sim, interferir na saúde deles.  A médica veterinária Kellen de Sousa explica que as doenças respiratórias são as mais comuns em consequência da diminuição de temperatura. O contágio da traqueobronquite infecciosa canina, conhecida como tosse dos canis, ocorre muito mais facilmente, por exemplo. 

Segundo ela, podem ser administradas vacinas a fim de prevenir essas patologias. “Gripe e pneumonia são muito comuns nos cães, e os gatos sempre devem ser vacinados contra as viroses que acometem o trato respiratório com vacinas denominadas tríplice ou quádrupla felina”, afirma Kellen. Recomenda-se que seja consultado um médico veterinário sobre essa possibilidade, pois é preciso examinar o animal e as vacinas que ele já tomou. Ele montará um calendário profilático que se adeque ao estilo de vida do pet e atenda suas necessidades.

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O cuidado deve ser redobrado com animais de pelagem mais curta, porque eles são mais sensíveis ao frio, mas isso não exclui os de pelos longos. A veterinária pontua que eles tendem a ficar mais quietos quando sentem frio, e que procuram tomar sol em determinadas horas do dia. Além disso, os animais doentes sofrem mudanças no seu comportamento, e é bom estar atentos a elas. “Sinais específicos – como espirros, secreções nasais, tosse, engasgo, ânsia de vômito, dificuldade respiratória, tremores, falta de apetite, apatia (falta de vontade de brincar) e sintomas como febre – indicam que o animal não está bem”, explica Kellen.

Filhotes e animais idosos requerem cuidados específicos também, pois a saúde deles tende a ser mais frágil. “Já que são animais suscetíveis a ter infecções, devido ao sistema imunológico ser diferenciado em relação a adultos jovens, recomenda-se a administração de vacinas contra gripe canina, alimentação adequada e conforto térmico”, informa a veterinária. Eles não precisam de temperaturas baixas demais para que a sua vitalidade seja posta em risco; um clima mais ameno já é suficiente para atingi-los.

O clima na região central é mais seco durante o inverno, portanto os animais precisam ser muito bem hidratados, tendo acesso a água limpa e fresca, o dia todo, como deve ser feito sempre. Isso é importante, porque a hidratação também ajuda a prevenir problemas respiratórios. Como os animais tendem a sentir mais fome no frio, aconselha-se que a alimentação seja mais úmida, com uma quantidade maior de gordura e servida aquecida, se possível. Entretanto Kellen ressalta uma exceção: “Caso os animais estejam em sobrepeso ou obesos, a recomendação é consultar o médico veterinário que ele indicará o melhor alimento”. Ela destaca que os banhos não precisam ser evitados, mas devem ser dados com água morna, e secar os pelos logo após a lavagem é essencial para evitar que eles sintam ainda mais frio. Quando o banho é dado nos pet shops, a tosa muito baixa não é recomendada, pois expõe mais ainda a pele do animal ao ambiente. 

Para protegê-los do frio, oferecer um ambiente climatizado, cama e cobertor aos pets é o ideal. Se o animal gostar, as roupinhas são muito bem-vindas, pois o mantém aquecido e resguardado do frio. Se ele rejeitá-las, não insista, pois certamente se sentem desconfortáveis quando as usam, e isso pode causar irritação no animal. Estimular que o animal se exercite e brinque mesmo no frio é válido, desde que as atividades sejam realizadas nas horas menos frias do dia, evitando passeios no início da manhã e no fim da noite. 

Kellen ainda instrui sobre o espaço em que os animais são mantidos: “Se os animais ficarem na parte externa da casa, é necessário oferecer um ambiente fechado com paredes, tal como uma casinha plástica ou de madeira, para diminuir as correntes de vento. Além disso, oferecer um suporte para que ele não fique diretamente no chão (cobertor, tapete, borracha, cama). Para os animais que ficam dentro de casa, é bom oferecer camas, cobertores, fechar portas e janelas”.

Outras espécies de animais domésticos devem ser lembradas – tais como aves, peixes e répteis. Para os pássaros, especialmente os que ficam do lado de fora da casa, colocá-los em uma gaiola coberta com lona ajuda a mantê-los protegidos do vento e do frio. Quanto aos peixes, a água dos aquários pode receber um aquecedor ou ele ser colocado próximo a uma lâmpada incandescente, que libera calor. Répteis podem ser mantidos em ambientes fechados, dentro de casa, para que se sintam mais resguardados. Os cuidados são inúmeros, mas tudo vale a pena quando o que está em jogo é a saúde dos bichinhos.

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