Diversidade de estilos musicais e público marcam Canto da Primavera

Mais de 4 mil de pessoas passaram pela Mostra de Música de Pirenópolis ao longo dos 10 dias de programação

Postado em: 08-10-2017 às 14h00
Por: Lucas de Godoi
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Mais de 4 mil de pessoas passaram pela Mostra de Música de Pirenópolis ao longo dos 10 dias de programação

Chega ao fim mais uma edição do Canto da Primavera. O
evento, que contou com investimento do Governo de Goiás de R$ 1,9 milhão,
ofereceu 38 shows, sendo 30 atrações regionais e oito nacionais, além de 12
oficinas que trouxeram à Pirenópolis nomes de referência para ministrar
encontros de capacitação e aperfeiçoamento para a comunidade. Mais de 4 mil de
pessoas passaram pela Mostra de Música de Pirenópolis ao longo dos 10 dias de
programação, divididos em duas semanas.

A edição comemorou a chegada do evento à sua maioridade e o
aniversário de 290 anos de Pirenópolis. Públicos de diferentes idades
acompanharam os shows, que neste ano tiveram como principal característica a
diversidade de estilos musicais. Estima-se que 40% das pessoas estiveram no
Canto pela primeira vez. A maior parte veio de Goiânia e Brasília, mas também
de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Blumenau e São José dos Campos, além
do interior do estado: Anápolis, Caldas Novas, Catalão, Goianésia, Cidades de
Goiás e Pires do Rio.

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Do rock à música erudita, passaram pelos palcos da Mostra de
Música de Pirenópolis nomes como Francis Hime e Olívia Hime, que homenagearam o
poetinha Vinícius de Moraes, o pianista Ricardo Leão, prata da casa que se
destaca no cenário nacional de direção musical, e, ainda, Mart’nália.  O músico Hamilton de Holanda trouxe ao evento
o Baile do Almeidinha, presenteando Pirenópolis em seu aniversário e encerrando
com chave de ouro a programação noturna. 
Entre as atrações locais, se destacaram a banda Mr Gyn, em um show
nostálgico que lotou o Cine Pireneus; Passarinhos do Cerrado, com um trabalho
de resgate cultural; e ainda Maria Eugênia. Com a intimidade de quem canta em
casa, ela ganhou a simpatia do público.

Nas oficinas, passaram profissionais como Marcelo Mariano,
que é referência brasileira no baixo; Marco Lobo, percussionista de renome
nacional; e Cuca Teixeira, que tem mais de 30 anos de carreira e compartilhou
suas experiências com os alunos. Também foi destaque a oficina de musicalização
infantil, ministrada por Júlia Holanda, com a proposta de introduzir a música
na vida das crianças de forma lúdica.

O Canto é de todos

Durante a abertura do festival, no dia 27 de setembro, o
governador Marconi Perillo conversou com manifestantes que reivindicavam maior
participação de artistas locais. Ele explicou que a seleção é realizada por um
grupo de 14 curadores e anunciou mudanças para o edital do ano que vem,
atendendo aos pedidos. “Eu duvido que os curadores não tenham feito uma escolha
que não tenha sido justa ou democrática”, defendeu o governador, na ocasião.
“Vocês estão reivindicando que no edital tenha seis vagas para Pirenópolis.
Portanto, vamos incluir no ano que vem”, informou Marconi.

A demanda já estava em negociação com a organização do
evento, a pedido da secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) Raquel
Teixeira. O superintendente Executivo de Cultura, José Eduardo de Morais,
conversou com os artistas locais para entender a reivindicação e avaliar a
viabilidade de alterar o formato da mostra, que atualmente já contempla 30
atrações goianas ao longo de toda a sua programação. As atrações regionais
correspondem a quase 80% da programação, confirmando o Canto da Primavera como
um evento que tem como objetivo valorizar e projetar os artistas goianos nas
suas mais variadas formas de expressão.

(Seduce) – Foto: Flávio Isaac

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