Atletas competem no exterior em busca de novas experiências

Renata Enéas, que há um ano participa da equipe, correu uma meia maratona no Uruguai, em abril deste ano, na Maraton Montevideo, e já planeja os próximos destinos, como Santiago (Chile)

Postado em: 27-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Renata Enéas, que há um ano participa da equipe, correu uma meia maratona no Uruguai, em abril deste ano, na Maraton Montevideo, e já planeja os próximos destinos, como Santiago (Chile)

Viciados em adrenalina. Assim são atletas que optam por praticar esportes em países diferentes, sujeitando-se a altas doses de excitação causadas não apenas pelo exercício físico, mas pelo contato com outra cultura. Integrantes da equipe do preparador físico André Villarinho, que se dedicam à corrida, fazem parte do grupo daqueles que arriscam os percursos internacionais, e contam sobre a experiência de unir duas paixões: correr e viajar.

Renata Enéas, que há um ano participa da equipe, correu uma meia maratona no Uruguai, em abril deste ano, na Maraton Montevideo, e já planeja os próximos destinos,  como  Santiago (Chile), para correr meia maratona em abril de 2018. A atleta conta que correr fora do Brasil nem sempre foi seu objetivo, mas se tornou uma meta após a primeira prova no Uruguai:  “Hoje, já fico de olho em corridas e passagens próximas a feriados”.

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Lênia Machado também iniciou sua história internacional com uma corrida na América do Sul, em Buenos Aires, no ano passado. Coincidentemente, foi sua primeira maratona, após dois anos treinando com André Villarinho. Lênia, que começou a correr em 2008, depois de passar por trombose venosa profunda, afirma que o incentivo e o carinho do preparador físico e toda equipe foram pontos primordiais para garantir boa experiência. “Eu estava bem ansiosa, mas foi bastante motivador ter pessoas torcendo pelo meu sucesso, não apenas durante a prova, mas no processo de preparo”.

Lênia – assim como Renata – já programou sua próxima corrida no exterior: a Maratona de Lima, no Peru, em maio de 2018. Para ela, correr e viajar é uma combinação perfeita. “Viajar para correr é uma grande oportunidade de ampliar nossa experiência de vida, já que somos estimulados a enfrentar situações diferentes das que estamos acostumados em nossa cidade”, ressalta.

Renata concorda, pois acredita que o principal diferencial de escolher uma prova fora é a vivência de uma outra cultura. “Vivenciar um novo país, uma nova cidade e uma cultura diferente é a principal experiência positiva que se leva de uma corrida internacional, assim como ter a oportunidade de conhecer os principais pontos turísticos fazendo o que se gosta: correndo”. E ela recomenda a todos os corredores que se arrisquem em outros países: “É maravilhoso e enriquecedor”.

Dicas

As atletas garantem que, com a bagagem que já adquiriram nas maratonas no exterior, podem dar dicas e auxiliar aqueles que estão pensando em fazer o mesmo. Lênia afirma que é indispensável uma boa pesquisa sobre o local. “Conhecer com antecedência o lugar da largada, como estará o transporte público no dia, estar preparado para o clima, pesquisar lugares para trocar moeda são pontos importantes e evitam dor de cabeça”, diz.

Já Renata fala sobre a escolha de um hotel confortável para que se tenha uma ótima noite de sono. “Em competições maiores, é recomendado ficar em um hotel próximo à largada, pois o transporte público e as ruas podem ficar congestionadas”, acrescenta. Quanto à vestimenta, as duas aconselham que as roupas sejam as de hábito para não causar desconfortos. “Nunca se deve despachar a roupa e o tênis de correr junto com as malas. É melhor leva-las na mala de mão, pois, caso a bagagem seja extraviada, não será necessário comprar novos, o que é muito ruim pelo gasto extra, mas principalmente porque não é indicado ‘estrear’’ nada no dia da corrida”, orienta Renata.

Lênia ainda observa quesitos como alimentação e hidratação, antes e durante a prova, e atenção às regras da organização da maratona: não sair muito ‘empolgado’ – em alta velocidade, tendo em vista que os percursos são longos – e se permitir observar e admirar cada corredor. “A maior lição que fica é que, independente do país, da língua falada, dos costumes, um ser humano é sempre um ser humano, com as mesmas emoções, os mesmos mecanismos de defesa, a mesma capacidade de solidariedade. Ser humano está acima de qualquer cultura”, finaliza. 

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