Presentear com cães e gatos exige responsabilidade e cuidados

Em cidades grandes, para cada 5 habitantes há 1 cachorro. Destes, 10% estão abandonados

Postado em: 21-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em cidades grandes, para cada 5 habitantes há 1 cachorro. Destes, 10% estão abandonados

GABRIELLA STARNECK*

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Com o Natal se aproximando, muitas pessoas escolhem o momento para presentear a família com um novo membro. Contudo, diferente dos brinquedos, lidar com animais de estimação exige uma série de reflexões e cuidados diários, e essa decisão de ter um animal nem sempre é tomada de forma consciente. Por esse motivo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados no Brasil. Em cidades grandes, para cada 5 habitantes há 1 cachorro. Destes, 10% estão abandonados. 

De acordo com uma pesquisa conduzida, no Brasil, pelo Ibope e o Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal, existe uma série de motivos que causam o abandono. Nos dados, apenas 41% dos tutores afirmam que levariam o animal, junto, caso tivessem que se mudar. Outros 14% justificam o abandono alegando motivos facilmente contornáveis, alguns deles como: não ter tempo para cuidar como gostaria; porque o comportamento era inadequado; porque o filho nasceu; porque era muito caro. Por esse motivo, antes de comprar ou adotar para presentear alguém com um pet é preciso refletir bem sobre o assunto e ficar atento a algumas responsabilidades.

Ter um animal de estimação exige dedicação, paciência, ensinamentos e, ainda, gera gastos. “Primeira coisa que as pessoas precisam entender é que um animal não é um brinquedo, então esse ‘presente’, exige uma série de responsabilidades; não é um compra de impulso, momentânea, é uma vida! Vai dar trabalho, tem que estar disposto a gastar com a saúde preventiva do animal”, afirma o veterinário Ronaldo Medeiros de Azevedo Filho. 

Precaução

Ronaldo destaca alguns dos principais cuidados que é preciso ter com os cães e gatos: “Saber como estava a saúde do animal antes da adoção, levar periodicamente a um veterinário para fazer avaliação e exames de checape – dentre outros”. O veterinário também ressalta algumas precauções em relação à alimentação, como evitar dar aos animais comidas humanas –  já que esse ato pode acarretar em uma série de prejuízos para cães e gatos. 

Segundo Ronaldo, fim de ano é o período em que os veterinários mais atendem animais com intoxicação alimentar, já que os donos, tentando agradar, acabam dando comidas inapropriadas para os pets. “Alguns alimentos são tóxicos para cães como chocolate, uva passas e cebolas. O ideal é dar para os animais alimentação específica, mas, caso queira dar outro tipo de alimento, o ideal é que sejam carnes mais leves, como peito de frango”, afirma o veterinário. 

Em relação a viagens nesse período, Ronaldo  tem a saída. “Caso não seja possível levar o animal, a orientação é que o dono deixe na casa de algum conhecido ou até mesmo em uma creche destinada a cães gatos. Hoje em dia, existem pessoas que se disponibilizam a receber os animais em suas casas, durante um período, sendo outra opção para os donos”, finaliza o veterinário.

*Integrante do programa de estágio do 

jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

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