Um pedaço da história

A Cidade de Goiás é um dos símbolos mais pertinentes da história do Estado e merecidamente, completou no último mês 21 anos como Patrimônio Mundial pela Unesco

Postado em: 07-01-2023 às 11h00
Por: Lanna Oliveira
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A preservação da arquitetura e da história local influencia também na movimentação turística da cidade | Foto: Reprodução

A Cidade de Goiás é um dos símbolos mais pertinentes da história do Estado e merecidamente, completou no último mês 21 anos como Patrimônio Mundial pela Unesco. O conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico da cidade foi tombado em 1978 e reconhecido como Patrimônio Mundial no dia 16 de dezembro de 2001. O reconhecimento fortaleceu a história que cada canto da região mantém e proporciona um cuidado com o que tem sido construído pelos moradores ao longo dos anos.

A Cidade de Goiás é testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central nos séculos XVIII e XIX. As origens da cidade estão intimamente ligadas à história das bandeiras, que partiram principalmente de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro. Goiás foi o primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, que definiu originalmente as fronteiras da colônia portuguesa. Foi essa construção histórica que faz da região um Patrimônio Mundial.

“Goiás é um exemplo de uma cidade mineradora dos séculos XVIII e XIX que permaneceu preservada, incluindo seu meio ambiente natural”, pontua o superintendente do Iphan em Goiás, Alysson Cabral. O centro histórico de Goiás mantém, até hoje, o caráter primitivo de sua trama urbana, dos espaços públicos e privados, da escala e volumetria das edificações urbanas. Em 1950, o Iphan tombou como monumentos históricos suas principais igrejas e o quartel, foi o primeiro ato na cidade.

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Em 1951, foi a vez da antiga Casa da Câmara, do palácio e da rua vizinha à Fundição, bem como do Chafariz de Cauda. Com a formação de novos bairros, a partir de 1970, com construções baixas, o Instituto tombou o centro histórico em 1978. Outro ponto tombado é a Casa de Cora Coralina, que representa o modelo típico da arquitetura desenvolvida no período colonial. O imóvel foi transformado em um museu com o objetivo de preservar também a memória e história da poetisa Cora.

A preservação da arquitetura e da história local influencia também na movimentação turística da cidade. A coordenadora do Observatório do Turismo do Estado de Goiás, Giovanna Tavares, explica que o turismo na cidade de Goiás movimentou mais de R$ 71 mil, de janeiro a setembro de 2022. “Em 2020, foram empregadas 130 pessoas na cidade de Goiás, com carteira assinada, em atividades ligadas ao setor de turismo”, destaca. Hoje, a região é considerada um dos principais destinos turísticos do Estado.

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