Águas verdes e cristalinas: cenário paradisíaco de Angra

GABRIELLA STARNECK*

Angra dos Reis é um município localizado no sul do Rio de Janeiro, a cerca de 157 quilômetros da Capital. Águas verdes e cristalinas são reflexos da generosidade que a natureza teve com baía de Angra dos Reis – que possui 365 ilhas que compõem um cenário paradisíaco na região. Angra ainda foi contemplada com uma diversificada e colorida vida marinha, que faz da região um dos melhores pontos de mergulho do País.

Belezas naturais, embarcações e sofisticação são destaques da cidade, que é um dos locais mais procurados pelos turistas que querem um bom dia de sol em frente a um belo mar. Atividades, tanto diurnas quanto noturnas, não faltam em Angra dos Reis, local que é point para jovens que procuram dias badalados ou belos dias de descanso. 

História

Antes da chegada dos europeus, por volta de 1502, Angra dos Reis era habitada por tribos indígenas tupinambás. A região só passou a ocupar posição de destaque, em 1925, quando um ramal da Rede Mineira de Viação a ligou aos estados de Minas Gerais e de Goiás, por ele escoando sua produção agrícola. Atualmente, a importância da região se dá pelo fato de ter, como instalação subordinada, o terminal marítimo da Baía da Ilha Grande (Tebig), da Petrobras, localizado na região da Ponta Leste. O terminal movimenta grandes quantidades de petróleo e posiciona o porto de Angra como um dos mais movimentados do País. 

Angra dos Reis também sedia as únicas usinas nucleares em funcionamento no Brasil. Além disso, devido à beleza de suas praias e das regiões próximas, Angra virou ponto forte do turismo não só estadual, mas também nacional. As atividades econômicas giram em torno da pesca, de atividades portuárias, da geração de energia – com as usinas nucleares, de comércio e de serviços, da indústria e também do turismo, em suas praias, ilhas e locais de mergulho submarino. 

O que fazer?

Em Angra, todos os caminhos levam ao mar, por isso a necessidade de se deslocar por meio de embarcações. De barco, curte-se a maioria dos programas imperdíveis da região, como mergulhar em meio a peixes coloridos, circular por ilhas badaladas e desertas, ou aproveitar a noite até o dia clarear. Em terra firme, as atrações ficam por conta do Centro Histórico – com casario colonial, conventos e igrejas, e dos restaurantes do bairro da Vila do Frade. Em muitos estabelecimentos, apreciar a paisagem é tão gostoso quanto degustar os pratos típicos do local. Para quem gosta de badalar, no verão a região recebe muitas festas animadas, mas é bom preparar o bolso, porque os ingressos não costumam ser baratos. 

Mas, sem dúvida, um dos grandes destaques de Angra dos Reis são suas belezas naturais – principalmente a exuberância do mar. As águas verdes e cristalinas do mar de Angra e a rica vida marinha da região – formada por peixes, crustáceos, tartarugas, corais, moluscos, moreias – são um convite para que os turistas optem por mergulhar. Nas ilhas, basta máscara e snorkel para apreciar as belezas subaquáticas.  Os adeptos do mergulho profundo fazem a festa nos naufrágios espalhados pela região. Entre os melhores pontos para a prática do esporte estão as ilhas Botinas, Comprida e Sandri. Já os adeptos do surf não têm muitas opções, mas encontram boas ondas em alguns trechos da ilha da Gipóia, voltados para o mar aberto são frequentados por surfistas. 

Atrações culturais 

A igreja Ermida do Senhor do Bonfim, erguida em 1780 e localizada na Ilha do Bonfim, é um espaço aberto somente no mês de maio, quando acontecem procissões e festejos com direito a barraquinhas de comida, bebida e muita música. O Museu da arte Sacra é outro ponto turístico de Angra dos Reis que funciona apenas em uma época do ano, no mês de agosto, em função das comemorações em homenagem  à Nossa Senhora da Lapa. Já o Convento São Bernardino de Sena & Capela de São Francisco da Penitência, no Morro de Santo Antônio, oferece uma vista panorâmica da cidade e do porto. 

A Praça General Osório, conjunto arquitetônico do século 18, abriga os imponentes convento e igreja do Carmo, além do chafariz Marquês do Herval e diversos sobrados. Nas fachadas coloniais, destacam-se os materiais – molduras em pedra, portas e janelas de madeira e guarda-corpos de ferro. A Casa da Cultura, prédio construído em 1824, é cenário de eventos culturais e exposições temporárias de artistas locais, assim como o Teatro Municipal, que abriga exposições e é palco para espetáculos de música, dança e, em especial do Festival Internacional de Teatro de Angra. 

Ilhas

Listar as 365 ilhas de Angras dos Reis seria uma tarefa praticamente impossível, por isso o Essência destaca apenas algumas. Botinas, um dos cartões postais da região, são, na verdade, duas pequenas formações rochosas cobertas por coqueiros e bromélias. Mergulhar na fenda de águas transparentes que as separa é como entrar em um aquário, tamanha a quantidade de peixes coloridos e estrelas-do-mar. Cataguás, ilha mais próxima do continente, é cercada por areias finas e águas calmas e cristalinas, com uma parte tomadapor pitangueiras. Na alta estação, a dica é visitá-la bem cedo, antes da chegada das escunas que superlotam o cenário. A Ilha Biscaia, pequena e bastante movimentada no verão, tem bares, quiosques, areias claras e águas calmas e rasas, sendo procurada por famílias com crianças. 

Gipoia, a segunda maior ilha da baía de Angra, fica a 30 minutos do Centro. Com enseadas estreitas, pequenas e de mar calmo e cristalino, Gipoia oferece recantos para os mais variados estilos de turistas. Para os que querem badalar enquanto se bronzeiam, o destino é a Praia do Dentista (Jurubaíba), onde atracam lanchas, veleiros e iates em busca dos bares flutuantes e seus petiscos frescos. Depois de receber os pedidos via rádio, os bares fazem as entregas através de canoas. Na Praia das Flechas, o atrativo é o restaurante do Seu Luiz, com telhado de sapê, mesas na areia e vista para a Ilha Grande. A turma do surf marca presença na bonita Praia das Amendoeiras, com areias brancas e vegetação abundante. A ilha abriga ainda bons pontos para mergulho como as Praias de Sururu, Piedade, da Fazenda e da Venda.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE 

sob orientação da editora Flávia Popov