Se estivesse vivo, Cazuza completaria nesta quarta (4) 60 anos
Vinte e oito anos após morte do artista, álbum com poemas inéditos deve ser lançado até o fim do ano
Por: Guilherme Araújo
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*Guilherme Araujo
Se Cazuza estivesse vivo, certamente diria que o dia nasceu feliz. Ícone absoluto do rock nos anos 1980, o artista faria nesta quarta-feira, 4 de abril, 60 anos. Carioca, foi considerado tão pronto começou a se destacar na música como um transgressor nato, tendo crescido rodeado pela nata da música alternativa à época.
Não demoraria também para se destacar como um dos grandes compositores da cena. título que carrega até os dias atuais. Transitando, entre outras pautas, pela política e o comportamento, criou letras carregadas de lirismo e abertamente debochadas, aspecto que já se veria em alguns de seus primeiros trabalhos, ainda no Barão Vermelho.
Dono de um legado amplamente celebrado por gerações de fãs e de artistas, embora os números mostrem, de acordo com um estudo feito pelo portal de notícias G1, que este tem sido o seu menor registro de ouvintes em um raio de 10 anos, ainda muito se fala sobre o músico.
Morto aos 32 anos vítima da AIDS, todo o seu legado é hoje preservado pela mãe, Lucinha Araújo. Responsável pela Sociedade Viva Cazuza, entidade que presta apoio a vítimas do HIV, a ONG organiza no próximo dia 11 de abril uma exposição permanente sobre o artista, reunindo itens pessoais e artísticos que marcaram uma carreira meteórica.
Registrado pelas lentes de Sandra Werneck e Walter Carvalho no longa Cazuza – O tempo não para (2004), a curiosidade deste ano é a de que agora, 28 anos após sua morte, o poeta retorna à música pelas vozes de outros.
Poemas inéditos devem ser musicado e ganhar à luz em interpretações de nomes como Rogério Flausino, da banda Jota Quest, Baby do Brasil, Caetano Veloso e Ney Matogrosso, um dos grandes amores do cantor. O lançamento, inicialmente feito nas plataformas digitais, ainda não tem data prevista.
*Guilherme Araujo é integrante do programa de estágio do jornal OHoje.com, sob supervisão de Naiara Gonçalves