Indústria fonográfica cresce 15% e leva país a top 10 global de música

Hugo & Guilherme e Marília Mendonça chegaram ao topo das músicas mais tocadas no Brasil em 2022

Postado em: 23-03-2023 às 09h29
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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Hugo & Guilherme e Marília Mendonça chegaram ao topo das músicas mais tocadas no Brasil em 2022 | Foto: Divulgação

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, apresenta o seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro, que registra crescimento pelo sexto ano consecutivo. Em 2022, o setor arrecadou R$ 2,526 bilhões (USD 489 milhões), um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. Com esse resultado, o Brasil subiu duas posições no ranking geral da IFPI e agora ocupa o 9º lugar mundial na indústria de música. Os dados brasileiros integram o relatório anual do IFPI, entidade global responsável pela coleta e gestão de dados da indústria fonográfica mundial, lançado em 21 de março.

O crescimento do mercado brasileiro está acima da média mundial, segundo o relatório do IFPI divulgado nesta terça-feira, 21. O levantamento internacional aponta que a indústria mercado global de música gravada cresceu 9,0% em 2022, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga. 

Os números divulgados pelo Relatório Global de Música da IFPI mostram que as receitas comerciais totais para 2022 foram de US$ 26,2 bilhões. As receitas de streaming de áudio por assinatura no mundo aumentaram 10,3%, para US$ 12,7 bilhões, através de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. O streaming total (incluindo assinatura paga e suporte de publicidade) cresceu 11,5%, atingindo US$ 17,5 bilhões, ou 67,0% do total das receitas globais de música gravada.

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O levantamento da Pro-Música aponta que, no Brasil, as vendas digitais e físicas cresceram 15,4% no país, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. As receitas de execução pública para produtores, artistas e músicos somaram R$ 323 milhões, um aumento de 15,3% em relação a 2021. No total, o mercado fonográfico brasileiro atingiu R$ 2,5 bilhões, quase dobrando o seu faturamento nos últimos quatro anos (2019 a 2022).

Streaming nacional 

O streaming foi a principal responsável pelo crescimento do mercado, com as receitas subindo 15,4% e atingindo R$ 2,2 bilhões. As plataformas de streaming “on demand” continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria fonográfica brasileira, representando 86,2% do total das receitas em 2022.

As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 1,343 milhões, com crescimento de 21,6% em relação a 2021. O faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 447 milhões, com variação positiva de 35,2% em relação ao verificado em 2021. Já os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados exclusivamente por publicidade, geraram recursos de R$ 386,6 milhões em 2022.

De acordo com Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil: “O modelo atual do streaming favorece o surgimento de uma diversidade enorme de artistas dos mais variados gêneros musicais, e seu acesso instantâneo às redes de distribuição, através de variados modelos de negócio, por meio de produtores fonográficos com atuação internacional ou apenas local, agregadores, distribuidores e todo um ecossistema que, de fato, serve primordialmente para que a música gravada chegue a cada vez mais consumidores no mundo inteiro”.

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