Aracaju: conhecida por seus oceanários, tartarugas e praias

A cidade é a capital com menor desigualdade do Nordeste brasileiro, além de ter hábitos de vida mais saudáveis do País.

Postado em: 25-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A cidade é a capital com menor desigualdade do Nordeste brasileiro, além de ter hábitos de vida mais saudáveis do País.

SABRINA MOURA*


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Aracaju é um município, capital do estado de Sergipe, está no litoral, sendo cortada por rios como o Sergipe e o Poxim. Apesar de ser a menos populosa das capitais nordestinas, sua localização perfaz como importante ponto estratégico enquanto centro urbano, econômico, cultural e político para o País. A cidade é a capital com menor desigualdade do Nordeste brasileiro. Além de ter hábitos de vida mais saudáveis do País, é exemplo nacional na consideração de ciclovias nos projetos de deslocamento urbano.

O município está entre as capitais com os custos de vida mais reduzidos do Brasil, tendo focado mais recentemente suas ações turísticas na criação de alojamentos coletivos de qualidade, conhecidos mundialmente como hostels. 

Anualmente, a cidade tem eventos marcantes em seu calendário festivo-turístico, os eventos do Forró Caju e o Fest Verão Sergipe, além de possuir um dos museus tecnológicos mais importantes do País, o Museu da Gente Sergipana.

A história da cidade está relacionada à da cidade de São Cristóvão, a antiga capital da Capitania de Sergipe (atual estado de Sergipe). Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju nasceu. Fundada em 1855, foi a segunda capital planejada de um estado brasileiro – a primeira foi Teresina, em 1852. Todas as suas ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. 


Igreja de Santo Antônio

A Igreja de Santo Antônio fica localizada na colina de Santo Antônio, de onde é possível ver toda a cidade desde o Rio Sergipe até a Ilha de Santa Luzia. Foi neste mirante, no largo Garcia Rosa, que nasceu Aracaju, com o primeiro aglomerado urbano. O local é histórico também por ter sido ali que se realizou a reunião da Assembléia Provincial, definindo a transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju


Ilha de Santa Luzia

A Ilha de Santa Luzia é refúgio para os surfistas. A vista do bairro Industrial e do centro da capital é um convite à contemplação. Ao chegar ao município de Barra dos Coqueiros, as plantações do fruto faz jus ao nome da localidade. O traçado arquitetônico de Aracaju revela-se na boca da barra entre o mar e o rio Sergipe, numa visão privilegiada.

Os bares da localidade são rústicos, mas não faltam mordomias. Uma moqueca de robalo, um peixe frito ou até mesmo uma carne do sol com pirão de leite são regalias oferecidas pelo tradicional Zé da Ilha, bem no estilo à vontade da Atalaia Nova. Relaxe e contemple a natureza.

Durante a estada no local, hippes oferecerem artesanatos, vestígios da época em que a localidade era reduto ‘bicho grilo’. Num puxado pela memória, lembrar ali já foi também reduto de famílias tradicionais, fazendo-a um dos principais balneários de Sergipe é vivenciar os tempos áureos do tradicional fim de semana na localidade.

Aos poucos, a praia perdeu o status de reduto hippe e de veranistas, mas ganhou na preferência de quem gosta do rústico e de privilégios, como relaxar e se divertir. Vale a pena deliciar-se com a bela vista da capital.


Museu da Gente Sergipana

O Museu da Gente Sergipana, inaugurado em 26 de novembro de 2011, abriga um espaço multimídia de última geração. O prédio foi construído em 1926 que hoje abriga o museu era conhecido na capital sergipana como Atheuzinho. Ele foi restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo do Estado. 

O museu ganhou o prêmio O Melhor da Arquitetura em 2012, organizado pela revista Arquitetura & Construção. A concepção artística do museu foi realizada por Marcello Dantas, conhecido pelo seu trabalho no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.

O Museu se apresenta como o primeiro museu de multimídia interativo do Norte e Nordeste. Na entrada, há uma mapa interativo do Estado de Sergipe, dividido em sub regiões – agreste central, alto e médio sertão e baixo São Francisco – onde é possível ouvir o sotaque dos habitantes de cada região é dividido em áreas temáticas.


Praia de Atalaia

Com seis quilômetros de extensão, a praia é um dos cartões-postais da capital, com passarelas de madeira que levam do calçadão até a região dos quiosques junto ao mar.

Além do trecho conhecido como Passarela do Caranguejo – repleto de bares, restaurantes e point noturno – reúne ainda o Oceanário de Aracaju e o Centro de Cultura e Arte. A infraestrutura incentiva a prática de atividades esportivas através de ciclovia, quadras de tênis e poliesportivas, pistas de skate e de cooper, campo de futebol e lagos artificiais para a turma do windsurf. Para as crianças, há parquinhos e fontes luminosas.


Projeto ‘Tamar’

O Oceanário de Aracaju foi inaugurado em junho de 2002 e tem capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo, alcançando a marca de aproximadamente 160 mil visitantes/ano. Criado e mantido pelo Tamar, o Oceanário de Aracaju é o grande centro de visitantes que o Projeto mantém em Sergipe, com aquários, tanques, loja e estrutura de serviços. Há ainda o Centro de Educação Ambiental em Pirambu que, embora também receba visitantes, tem como prioridade o trabalho de educação ambiental junto às comunidades e, especialmente, as escolas da região. 

Por meio de atividades regulares, como visitas orientadas, palestras e exposições favorecem a sensibilização de moradores e visitantes para a conservação do ecossistema marinho e das riquezas do rio São Francisco. Mostras de vídeo e aulas junto aos aquários permitem aos visitantes aprender sobre o ecossistema do litoral sergipano e conhecerem diversas espécies de animais marinhos.


Oceanário

O Oceanário reúne cerca de 70 espécies diferentes, todas nativas de Sergipe expostas em 18 aquários (cinco de água doce e 13 de água salgada). Logo na entrada, fica o maior deles, o grande aquário oceânico, com 150 mil litros, abrigando cerca de 30 espécies, incluindo arraias, tubarões, moréias, xaréus, caranhas, vermelhos e meros. 

Ele possui também a réplica da parte submersa de uma plataforma petrolífera, fazendo com que o visitante entenda melhor a interação da meio natural com essa estrutura existente no litoral sergipano, que é produtor de petróleo. Existem ainda quatro tanques: um onde os visitantes podem tocar em várias espécies de invertebrados, crustáceos, moluscos e peixes, sempre com a orientação de um monitor; dois tanques com espécies de tartarugas marinhas; e um tanque com tubarões, onde o visitante poderá observar de perto o comportamento da espécie.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

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