Pela primeira vez no Brasil, SuperTramp desembarca no País para uma tour com 13 shows

Em uma homenagem a uma banda lendária, SUPERTRAMP Experience chega pela primeira vez no Brasil para uma tour com 13 shows

Postado em: 07-07-2023 às 08h00
Por: Lanna Oliveira
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SUPERTRAMP Experience é formada por cinco músicos apaixonados pela Supertramp, com o intuito de emocionar o público ao som dos lendários sucessos de uma das maiores bandas de todos os tempos | Foto: Divulgação

Uma banda de rock sim, mas com uma pitada de blues, jazz, pop e também de psicodelia. Assim, críticos definiam a banda SuperTramp, número um do mundo nos anos 1970. Apesar das várias divergências entre seus integrantes, até os dias de hoje eles são referências da música mundial. Por isso, Antoine Oheix (vocal e teclados), Alan Valley (guitarra, teclados e backing vocal), David Martin (saxofone, teclado, coros), Jean-Claude Givone (baixo, coros) e Stéphane Glory (bateria) se uniram e dão vida ao SUPERTRAMP Experience. Pela primeira vez no Brasil, eles desembarcam no País para uma tour com 13 shows.

SUPERTRAMP Experience é formada por cinco músicos apaixonados pelo Supertramp. Eles se apresentam nos palcos da Europa com o intuito de emocionar o público ao som dos lendários sucessos de uma das maiores bandas de todos os tempos. Inclusive, este ano comemora-se 44 anos do lançamento do histórico álbum ‘Breakfast In América’, repleto de grandes hits e que foi um dos cinco mais vendidos na história. Com um espetáculo de quase duas horas, o repertório conta com ‘The Logical Song’, ‘Dreamer, School’, ‘Goodbye Stranger’, ‘Fool’s Overture’, ‘Crazy’, ‘Hide In Your Shell’, entre outros. 

O grupo chega com cinco músicos com qualidades individuais inquestionáveis. Antoine Oheix, fã do Supertramp desde a adolescência, fundou o grupo em 2011. A sua voz com amplitude alargada permite-lhe estar avantajado tanto nos registos de Roger Hodgson como de Rick Davies. Ele é a referência nos arranjos e na sonoridade do grupo. Alan Valley é um grande músico que toca notavelmente em vários estilos. David Martin é um verdadeiro instrumentista, seu perfeito domínio do saxofone e sua longa experiência fazem dele o John Helliwell do grupo. Jean Claude Givone é baixista, baterista e compositor. Stéphane Glory já trabalhou com vários artistas franceses e estrangeiros e é considerado um dos maiores bateristas da França.

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Grande momento para os fãs do bom rock and roll sem dúvidas. Hoje (7), é a vez de Tubarão (SC) curtir. Sábado (8), o show será em Joinville (SC) e domingo (9) em Blumenau (SC). Dia 12, o quinteto segue para Florianópolis (SC). Dia 13, se apresentam em Porto Alegre (RS). Dia 14, um grande show é preparado para a maior cidade da América Latina, São Paulo (SP). Dia 15, será a vez de São José dos Campos (SP). Dia 20, o espetáculo será em Vitória (ES). Dia 21, eles cantam na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro (RJ). No sábado, dia 22, o grupo retorna às terras paulistanas e fará show em São José do Rio Preto. Já dia 28, se apresentam em Belo Horizonte (MG) e no dia 29, finalizam esta grande tour em Curitiba (PR).

O Supertramp na história mundial

Supertramp é uma banda progressive rock e art rock que lançou e emplacou uma série de álbuns de sucesso nos anos 70. Foi fundada em Londres, Inglaterra, no ano de 1969. No princípio, gravavam mais álbuns conceituais, mas tornaram-se conhecidos mundialmente por suas posteriores canções ao estilo dos Beatles, como ‘Dreamer’, ‘Give A Little Bit’, ‘The Logical Song’, ‘Breakfast in América’, ‘Goodbye Stranger’ e uma série de outros. Apesar do enorme sucesso, o grupo, por opção, nunca deixou-se levar pelo estrelato. Era afirmado durante o auge de sua popularidade que a banda era a que mais vendia no mundo, mas os integrantes poderiam andar na rua sem serem reconhecidos.

E realmente, a banda era um sucesso tão estrondoso quanto os Rolling Stones, a diferença era que os cinco integrantes optavam por uma espécie de anonimato, sem grandes explorações comerciais da imagem individual. Segundo especialistas, esse fator comprova a qualidade natural da banda e a ratifica entre as melhores e maiores bandas da história do rock de todos os tempos. Com um público fiel e apaixonado, o grupo alcançou sucesso depois do lançamento de ‘Crime of the Century’ em 1974. A banda continuou, abandonando seu estilo conceitual e progressivo em favor da música pop.

O Supertramp perdeu força nos anos 80, pois já estava sem um dos seus fundadores e vocalista, Roger Hodgson, o da voz aguda e suave, que seguiu carreira solo. Apesar disto, lançou vários álbuns de grande repercussão como o primeiro álbum sem Roger, ‘Brother Where You Bound’ (1985), que mostra um retorno às raízes progressivas. Inclusive David Gilmour, do Pink Floyd, participa do álbum. Como sempre, dando ênfase a grandes solos e composições memoráveis, como se estivesse partindo do zero após a saída do antigo parceiro. Em 1988, a banda lança o álbum ‘Free as a Bird’, e sai em turnê mundial de grande repercussão. 

Nos anos 90 sua popularidade diminuiu, com o estilo rotineiro e sem nenhum lançamento até 1997. Com uma nova formação, novos membros, voltaram a fazer muito barulho nas cidades que visitaram, motivando uma procura intensa dos ingressos para seus shows, mesmo sem o vocalista Roger Hodgson. Após ‘It’s about time world tour’, nesse mesmo ano, o Supertramp ainda lançou outro álbum em 2002: ‘Slow Motion’, com canções muito boas e outra World Tour no ano seguinte: ‘One more for the road tour!’. Outro grande sucesso, apesar da pouca publicidade requisitada pelo grupo.

No final de 2005 a Universal lançou a coletânea dupla ‘Retrospectable – The Supertramp Anthology’. A coletânea contém 32 faixas remasterizadas dispostas em ordem cronológica, de 1970 a 2002 e é uma espécie de biografia musical do grupo. Nos dias de hoje, o Supertramp está fora dos palcos e dos estúdios, não se sabendo se esta paragem será em definitivo. Rick Davies cria em estúdio particular. Roger Hodgson segue em ativa e reconhecida carreira solo. John Helliwell, saxofonista amigo tanto de Rick quanto de Roger, além das participações especiais nos projetos de ambos, é professor de literatura em uma universidade inglesa. Bob Sienbenberg, baterista, mora na Califórnia onde ainda surfa. Dougie Thompson, baixista, iniciou carreira como produtor artístico. Os fãs de todo mundo sonham com um retorno da banda, nem que seja para um último World Tour.

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