Mostra ‘Percursos’: a trajetória dos emergentes

Exposição leva ao MAG um panorama do trabalho de seis artistas a partir desta terça-feira (30)

Postado em: 30-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Exposição leva ao MAG um panorama do trabalho de seis artistas a partir desta terça-feira (30)

GABRIELLA STARNECK

ESPECIAL PARA O HOJE 

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Mostrar o caminho percorrido por seis artistas emergentes é a proposta da exposição Percursos, que está aberta à visitação, de terça-feira (30) até o próximo dia 9 de dezembro, no Museu de Arte de Goiânia (MAG). Com obras de Flavia Fabiana, Gilson Andrade, Joardo Filho, Rei Souza, Talles Lopes e Valdson Ramos, a mostra revela ao público um pouco da trajetória desses profissionais que têm se inserido no meio institucional da arte contemporânea nos últimos anos.

“Somos seis artistas que nos unimos, de forma orgânica, para apresentar conjuntamente nossas obras. Embora elas já tenham passado por salões, festivais de arte contemporânea e até mesmo premiações, em Goiânia a maioria dessas criações são inéditas. A ideia é trazer um panorama da nossa trajetória por meio de trabalhos que estão sendo feitos desde 2015”, afirma Joardo Filho ao Essência.

Exposição

As obras que compõem a exposição são de diferentes estilos. Produções em desenho, fotografia, vídeo e performance ocupam o espaço do MAG, mostrando um panorama do trabalho de cada um, mas também criando diálogos entre as linguagens e os conceitos que as obras carregam. “Cada artista tem um tipo de produção diferente e segue um caminho próprio, embora exista um diálogo entre as obras”, afirma Joardo. 

Talles Lopes cria em seus desenhos espaços, estruturas e situações que refletem sobre questões sociais, urbanas e regionais. Joardo Filho traz fotografias digitais e analógicas com esvaziamento de monumentos e paisagens através de intervenções intencionais ou acidentais.  “Meu trabalho parte de uma relação com o espaço urbano através da fotografia. Então eu me aproprio de ruídos ou defeitos que a câmera traz, e, muitas vezes, esses efeitos ou falhas acabam trazendo interpretações sobre esses lugares”, afirma o artista.

Rei Souza pesquisa na fotografia e no vídeo ruídos em cenas banais, acompanhando o processo de transmutação das cidades. Gilson Andrade faz performance e fotoperformances resultantes de um processo de investigação sobre o apagamento, resistência e os mecanismos de invisibilidade da população negra. Valdson Ramos utiliza vinho canônico, água benta e aquarela sobrepapel, velando e revelando elementos da espiritualidade e da materialidade dosrituais religiosos. Flavia Fabiana trabalha com mechas de cabelo sobre papel, criando retratos e autorretratos em desenhos abstratos que são carregados da identidade dessas pessoas.

Embora a exposição esteja em cartaz a partir desta terça-feira (30), seu vernissage será apenas no próximo dia 6 de novembro, a partir das 19h, por causa da disponibilidade da apresentação da performance Plano de Suspensão do artista visual  Gilson Andrade.

Curadoria 

Joardo ressalta que, como a exposição não tem curadoria, o critério adotado para selecionar os trabalhos foi que eles tivessem passado por algum tipo de mapeamento curatorial, como salões, prêmios e mostras nacionais. Por isso o artista afirma que não há uma temática que perpasse todas as obras: “Às vezes, o trabalho de um artista dialoga com o de outro,e ambos podem ter uma relação, mas não necessariamente um tema central. A ideia é justamente mostrar esse caminho que cada artistatem feito e como,às vezes, esses caminhos se cruzam”. 

Os trabalhos dialogam por meio da organização das obras no espaço. Segundo Joardo Filho, foi feita uma expografia no MAG para que os trabalhos pudessem se ‘relacionar’. ‘Expografia’ é um espaço construído, físico e simbolicamente por três elementos básicos – conteúdo, ideia e forma que, somados, geram a percepção, a experiência estética.

SERVIÇO

Exposição ‘Percursos’

Coquetel de abertura: 6 de novembro às 19h

Visitação: de terça-feira (30) até 9 de dezembro

Horários: das 9h às 12h e das 13h às 17h (de terça a sexta); das 8h às 18h (aos sábado, domingo e feriados)

Onde: Museu de Arte de Goiânai (MAG) –  Rua 1, nº 605, Bosque dos Buritis, Setor Oeste – Goiânia

 

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