A influência da alimentação na saúde mental: o poder dos nutrientes

Nutricionista destaca a importância de uma dieta equilibrada para o bem-estar emocional

Postado em: 30-03-2024 às 01h33
Por: Luana Avelar
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Em entrevista, a nutricionista Amanda Guimarães destaca a importância da alimentação na manutenção da saúde mental. | Foto: Jackson Rodrigues

Em um contexto em que a busca pelo equilíbrio emocional se torna cada vez mais relevante, a interligação entre alimentação e saúde mental ganha destaque. Estudos reforçam a influência direta que a dieta exerce sobre as nossas emoções, ressaltando a relevância de uma alimentação balanceada e rica em nutrientes.

Em entrevista, a nutricionista Amanda Guimarães (CRN 1- 20245) destaca a importância da alimentação na manutenção da saúde mental. Segundo Guimarães, “a alimentação está intimamente ligada ao correto funcionamento de todo o meu corpo, seja do meu sistema digestório, cardiovascular, cerebral e dos demais sistemas do organismo humano. Se esses sistemas não possuem uma nutrição rica em vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e gorduras, eles não funcionarão em condições normais”.

Guimarães enfatiza que uma dieta diversificada, rica em alimentos naturais e pobre em industrializados, contribui para a melhora da saúde mental. Ela ressalta que alimentos específicos como semente de abóbora, linhaça, banana, leite, castanhas, germe de trigo, aveia, vegetais verdes escuros, ovos e peixes ricos em ômega 3 são especialmente benéficos.

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A nutricionista alerta sobre os malefícios dos alimentos processados e açúcares refinados, destacando que contribuem para inflamação no organismo, aumentando os riscos de transtornos mentais.

Quando questionada sobre o papel da dieta na prevenção de condições como Alzheimer e demência, Guimarães responde afirmativamente, citando a dieta mediterrânea. “Está comprovado que hábitos alimentares baseados na dieta mediterrânea, com alta ingestão de vegetais, frutas, peixes, castanhas e azeite, e pobres em carne vermelha e/ou processada, produtos refinados, doces, manteiga, refrigerantes, molhos com alto teor de gordura, diminui o risco de doenças como o Alzheimer e demência. Modificar o nosso padrão alimentar pode diminuir as chances de desenvolvermos essas doenças que podem comprometer muito a nossa qualidade de vida e longevidade”, comenta.

Sobre o impacto da alimentação no sono e na cognição, a nutricionista menciona que a boa nutrição influencia diretamente os hormônios relacionados ao sono, recomendando estratégias como o consumo de kiwi e iogurte com semente de abóbora.

Os benefícios de uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos integrais incluem a melhora da saúde intestinal, a diminuição da inflamação e do cortisol, hormônio do estresse, contribuindo para a saúde mental. Ao fazer escolhas conscientes e saudáveis em relação à alimentação, podemos dar passos significativos em direção a uma melhor saúde mental e emocional. Afinal, o que colocamos em nosso prato não só nutre nosso corpo, mas também influencia diretamente nossa mente e nossas emoções.

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